SEGURANÇA

Facção que monitorava policial civil tem bens sequestrados e líderes presos em operação na região

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (21), a Operação Solitarium, em resposta às ameaças de morte sofridas por um policial civil e no combate a uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes. A ação que chegou à Região Metropolitana foi coordenada pelo Posto Policial de Quintão, vinculado à 23ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (23ª DPRI).

Durante a operação, foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão, 32 de prisão e oito de sequestro de bens em Palmares do Sul (distrito de Quintão), Tramandaí, Balneário Pinhal, Alvorada e Viamão. Até o momento, 22 pessoas foram presas, sendo 14 temporariamente, uma em flagrante por tráfico e associação ao tráfico, além de sete já recolhidas durante as investigações. Celulares, drogas e documentos também foram apreendidos.

As investigações revelaram uma rede estruturada de tráfico de entorpecentes com ramificações em diversos municípios do Estado. O grupo utilizava empresas de fachada, imóveis e contas bancárias em nome de terceiros para movimentar e ocultar recursos ilícitos, caracterizando lavagem de dinheiro em larga escala.

Ameaças e monitoramento de policial civil

Um dos pontos mais graves apurados durante a investigação foi a ameaça direta a um policial civil, que atuou em operações anteriores contra o grupo. O servidor foi ameaçado de morte e monitorado por criminosos em grupos de WhatsApp, o que motivou parte das ações da operação desta terça-feira.

Segundo a Polícia Civil, as ameaças reforçam o nível de periculosidade e organização da facção, que tentava intimidar e retaliar agentes públicos envolvidos em investigações. Em resposta, a instituição destacou que não tolera ataques ou intimidações a seus servidores e que seguirá firme no combate ao crime organizado.

Líder transferido para presídio de segurança máxima

Como parte da operação, a liderança local do grupo criminoso, que já estava presa na Penitenciária Modulada de Osório, foi transferida para um presídio de segurança máxima, em medida preventiva para evitar novos atos de coordenação criminosa.

Os mandados foram cumpridos em residências, pousadas e estabelecimentos comerciais utilizados pelo grupo, além de unidades prisionais. A Operação Solitarium reafirma o compromisso da Polícia Civil do Rio Grande do Sul com o enfrentamento da criminalidade organizada, o bloqueio dos fluxos financeiros ilícitos e a proteção dos servidores públicos que atuam na linha de frente do combate ao crime.

“Nenhuma ameaça vai nos afastar da missão de proteger a sociedade e garantir a aplicação da lei”, destacou a corporação em nota.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade