Dr. Rubinho (União Brasil) descartou qualquer possibilidade de ser vice do prefeito interino Cristian Wasem (MDB) na nova eleição que precisa ter data definida pelo TRE até 19 de julho, após a cassação do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice-prefeito Maurício Medeiros (MDB) por abuso de poder econômico e político na eleição de 2020.
– Tenho princípios, ideais e projetos com os quais nos compromissamos desde a eleição. Se o partido me escolher, serei candidato a prefeito – disse, nesta quinta-feira, ao Seguinte:, o advogado cuja coligação foi autora das denúncias que levaram à cassação eleitoral do prefeito que estava afastado desde 30 de setembro pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça sob suspeita de corrupção em contratos de limpeza urbana investigada pelo Ministério Público nas operações Proximidade e Ousadia.
– Nada contra a pessoa do Cristian, mas sua gestão tem os mesmos partido e apoios, é uma continuidade do Miki, governo o qual fiz oposição e só não fui eleito por 318 votos, em circunstâncias que o TRE mostrou irregularidades
Quem não acompanhou a revelação sobre a estratégia do governo transitório de atrair os prefeituráveis adversários, acesse Nova eleição em Cachoeirinha: vereador revela estratégia do prefeito Cristian de atrair adversários para vice; Feola, Garrincha e os russos.
O Delegado João Paulo (PP) também já tinha negado a possibilidade, como reportei em Nova eleição Cachoeirinha: Delegado terá como vice Aline, filha do vereador Deoclécio; Com esposa, Marco Barbosa & tudo.
Rubinho confirmou que o vereador Fernando Medeiros (PDT) lhe comentou sobre a reivindicação do partido de ser vice de Cristian, já que integra a base de governo. Os pedetistas só abririam mão de indicar o vereador Paulinho da Farmácia caso fosse ele o vice; ou então o PDT poderia até sair da base e compor com alguma das candidaturas.
– Foi uma conversa casual, de padaria – minimizou, garantindo que nenhum emissário de Cristian o procurou.
Para Dr. Rubinho a disseminação de fake news é parte de estratégias políticas para tentar desestabilizar sua candidatura.
– Não tem nada de renúncia – garantiu, reforçando que sua candidatura não depende da data da eleição, mesmo seja ela em dezembro, após a eleição estadual e nacional, o que potencialmente favoreceria o prefeito interino, que teria mais meses com a caneta na mão, e cargos, em um pleito que não tem concorrendo candidatos à Câmara de Vereadores, que sempre são os principais cabos eleitorais das coligações ao pedir votos nas ruas.
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Ao fim, como David Almansa (PT) não precisa nem ser perguntado sobre compor com o governo Cristian, porque o “não” é a resposta, ao que parece jaz a estratégia do prefeito interino e seu grupo de atrair prefeituráveis e transformar a eleição em um referendo sem adversários.
Reputo confirma-se uma ‘não notícia’, já que parecia bastante improvável um acordão entre os políticos e partidos para dividir a Prefeitura sem necessidade de enfrentamento nas urnas.
Mas, como se trata da política, aguardemos. Essas ideias tramadas nos bastidores entre os políticos raramente morrem de repente; em geral, só falecem em suaves prestações.
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