De saída

CANOAS | As duas portas que se abrem para Felipe Martini

Martini é cumprimentado por Ana Amélia Lemos na chegada da comitiva de Canoas à sede do PSD para filiação da ex-senadora: caminho está aberto para que ele seja um dos suplentes na tentativa dela de voltar ao Senado. Foto: Reprodução Facebook

Secretário de Enfrentamento à Pandemia deixa o governo até sexta-feira para disputar as eleições de outubro e tem pela frente dois caminhos a trilhar

Como era esperado desde 2021, os dias de Felipe Martini no governo Jairo Jorge estão prestes a encerrar. O atual secretário de Enfrentamento à Pandemia sai dentro do prazo de desincompatilização para estar apto a concorrer em outubro. Inicialmente, o plano de Martini é buscar uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PSD – mas há outros caminhos para o advogado canoense.

O nome de Martini vem sendo colocado nas mesas de discussão para ser o indicado do partido em uma eventual chapa majoritária que seria composta entre os aliados da base de sustentação de Eduardo Leite. A esta possibilidade, no entanto, reputo remota – até por ser ingrata: a chapa tem apenas dois nomes, um para governador e outro para vice, reduzindo as expectativas para a maioria dos que se aventuram à indicação. 

 

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O caminho mais aberto para Martini, caso não concorra a deputado, é o de primeiro suplente da candidata ao Senado Ana Amélia Lemos, recentemente filiada ao PSD. Ana Amélia foi secretária de Eduardo Leite no escritório do Estado em Brasília e senadora por oito anos entre 2006 e 2014, quando perdeu a eleição estadual vencida por José Ivo Sartori. Caso eleita em 2022, é cotada para um novo período no secretariado gaúcho em caso de participação do PSD no governo ou mesmo para uma nova tarefa junto à União – o que daria a chance para que seu suplente assumisse o mandato no Congresso Nacional.

Por enquanto, a saída de Martini – já confirmada mas ainda não oficializada – o mantém entre as duas possibilidades. As negociações do PSD com a base de Leite são sólidas – o que falta é a definição do candidato. A renúncia do governador que será consumada nesta quinta-feira, 31, embaralha um pouco mais as conversas ao colocar Ranolfo Vieira Jr. no comando do Estado e lhe dar, potencialmente, a condição de candidato da situação. O MDB já indicou o deputado Gabriel Souza para disputa tratando-o abertamente como 'o candidato do Leite'. Em princípio, a definição dos nomes para corrida ao Piratini fica entre os dois mas, em uma negociação como essa, sempre há espaço para novidades – inclusive uma eventual candidatura de Eduardo Leite à reeleição, não descartada na concorrida coletiva do governador na segunda-feira, 28.

Como se vê, muita água ainda passa por baixo dessa ponte.

 

 

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