É uma fake news confirmar que o ex-presidente da Assembleia Legislativa Gabriel Souza é o candidato a governador pelo MDB, por ser o único a apresentar requerimento de inscrição para disputar a indicação pelo diretório estadual neste domingo.
É que não há no estatuto emedebista essa figura legal de escolha. Há prévia, ou a convenção de julho.
As cabeças brancas do partido sabem; e só pagam para ver até onde vai a fidelidade recíproca que, teorias da conspiração ou não, circundam Gabrielzinho e o governador Eduardo Leite (PSDB).
Reputo, assim, que Gravataí pode ter um candidato ao Palácio Piratini: o ex-prefeito Marco Alba, hoje candidato a deputado federal.
Antecipo que é uma leitura minha, com apenas 26 anos de cobertura política, já que o amigo gravataiense não me atendeu após a desistência de Alceu Moreira e José Ivo Sartori – nomes aos quais simpatizavam tanto o ex-prefeito, quanto sua esposa deputada estadual Patrícia Alba, o prefeito Luiz Zaffalon de quem foi o ‘Grande Eleitor’ e seu ‘afilhado político’, o ex-presidente da Câmara Alan Vieira.
Sigo.
Experiente, o aposentado Sartori nem ‘botou a bunda na cadeira’ pelos motivos pessoais que conta a todos, mas principalmente porque percebeu que hoje existe o MDB e o ‘MDB do Leite’. Alceu tentou. Até entender o golpe do ‘consenso’ na formação do novo diretório apelidado de ‘pelotense’.
É aí que vislumbro a possibilidade de uma candidatura de Marco Alba advir das ‘bases’, caso emedebistas sejam submetidos à proposta de Gabriel ser vice de uma candidatura indicada por Leite – seja o atual vice, Ranolfo Jr., ou a pupila Paula Mascarenhas, prefeita de Pelotas – ou, na melhor das hipóteses, entenderem-se reféns de uma aliança com PSDB, PSD e União Brasil onde o MDB teria, de cima para baixo, só da cabeça ao pescoço.
Ao fim, se até julho a ‘articulação política’ entre Gabriel e Leite for compreendida como um ‘golpe’ pela base partidária, restariam, como adversários ‘anti-Leite’, Marco Alba e o ex-prefeito Cezar Schirmer.
Imagino que, caso este cenário se apresente, Marco nem aceite, apesar de ser o único candidato do MDB que poderia se apresentar como novidade, sem representar uma aventura, já que saiu do governo de Gravataí, a quarta economia gaúcha, com 80% de aprovação.
Certeza apenas que, para Gabrielzinho, não resta nada além de “ir até o fim”. Do MDB e/ou dele.
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