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Parque Ambiental projeta solução para o lixo de Gravataí e região metropolitana; Investimento é de 200 milhões, até mil empregos e economia de 5 milhões anuais para o município

Parque Ambiental projeta transformar Gravataí na ‘capital’ da destinação sustentável de resíduos no RS

Um ambicioso investimento de mais de R$ 200 milhões projeta transformar Gravataí na ‘capital’ da destinação sustentável de resíduos diversos no Rio Grande do Sul, posicionando o estado em destaque nacional no segmento de gestão de resíduos.

Situado na Estrada Abel de Souza Rosa, distrito Costa do Ipiranga, o Parque Ambiental Gravataí, do Grupo Centauro, está localizado em área ambientalmente adequada e de sensibilidade ‘muito baixa’, conforme evidenciado no ‘Mapa de Diretrizes para o Licenciamento Ambiental de Aterros Sanitários no Estado do RS’ referenciado na Portaria Nº 18/2018 – DPRES da Fepam, que dispõe sobre os critérios e diretrizes gerais, bem como define os estudos ambientais e procedimentos básicos a serem seguidos no âmbito do licenciamento de aterros sanitários.

O parque iniciará suas primeiras operações ainda neste ano e contará com tecnologia para a gestão integrada de resíduos urbanos, industriais, da construção civil, da saúde e eletrônicos; além da geração de energia limpa e renovável.

 

: Parque Ambiental fica em área de sensibilidade ambiental 'muito baixa', conforme portaria da Fepam

 

No que concerne às operações do parque, a gestão dos resíduos sólidos urbanos, tema que representa um dos principais desafios da região metropolitana, a promessa do grupo é a implantação de um aterro sanitário com o que há de mais avançado na tecnologia global para o tratamento, valorização e disposição de resíduos e geração de energia renovável, aliado a um modelo de gestão eficaz, com garantia de processos alinhados a legislação vigente, seguindo rigorosamente os aspectos sociais de proteção ao meio ambiente e à saúde pública. Vale ressaltar que esta operação se encontra fase de conclusão dos estudos ambientais para posterior condução do licenciamento junto ao órgão ambiental estadual.

A unidade de resíduos urbanos contará com uma planta de triagem mecanizada de larga escala, capaz de recuperar até 50% dos resíduos recebidos; com uma central de tratamento de efluentes, que tratará a totalidade do chorume oriundo da decomposição dos rejeitos, além de tratar efluentes industriais e fossas sépticas, devolvendo água de reuso à natureza; e com uma usina termelétrica a biogás, com potencial de gerar energia limpa, através do biogás produzido na decomposição de matéria orgânica, suficiente para o abastecimento de 40.000 casas populares, equivalente ao plantio de mais de 10 milhões de árvores.

Além da unidade de resíduos urbanos, o Parque Ambiental contará com uma unidade de resíduos da construção civil, com licença de operação já emitida pelo órgão ambiental competente e em fase final de implantação; e com as unidades de resíduos industriais, da saúde e eletrônicos, em fase de condução dos estudos ambientais. Adicionalmente, o grupo implantará nos próximos meses um sistema solar com capacidade instalada para gerar a totalidade da energia consumida em suas atividades de varejo e que estará entre os 10 maiores sistemas da região Sul do país, sendo cerca de 2/3 da energia produzida no próprio parque ambiental e destinada a seu autoconsumo remoto.

 

: Obra de acesso já está em andamento em área de 270 hectares na Costa do Ipiranga

 

O projeto prevê ainda um espaço para atrair até 30 empresas com atuação ambiental, em lotes de 2 mil metros quadrados numa área inicial de 60 mil metros quadrados denominada de ‘complexo industrial de resíduos’, a 3km da ERS-118; que teriam no Parque Ambiental a destinação correta de seus resíduos/efluentes ou a fonte fornecedora de insumos de suas respectivas cadeias produtivas, contando com a minimização de custos logísticos em virtude desta proximidade e o apoio da consultoria ambiental especializada do grupo.

Por fim, projeta-se um hub tecnológico que proporcionará o auxílio na estruturação, alojamento e até mesmo no financiamento das chamadas ‘cleantechs’, ‘startups verdes’ de tecnologia do setor ambiental; e a conexão com meio acadêmico e empresarial nacional e internacional de modo a promover um ecossistema favorável para o florescimento de novas ideias na cadeia de resíduos, a partir da disponibilização do campo de trabalho para a pesquisa e desenvolvimento, além da capacitação profissional dos colaboradores do parque.

No que se refere à expertise do grupo Centauro no campo ambiental, um cartão de visitas é a Estação de Tratamento de Chorume da EGTE, empresa do grupo que é pioneira no RS em tratamento dedicado de chorume, inaugurada em dezembro de 2020 junto ao Santa Tecla, aterro controlado já extinto e em processo de recuperação ambiental monitorado pela Fepam e pelo Ministério Público. Somente a título ilustrativo, hoje a geração de chorume no estado é equivalente ao volume de 300 piscinas olímpicas por ano e até então não havia uma solução local para este tratamento especializado.

 

: Obra de escritório no Parque Ambiental que tem espaço para atrair até 30 empresas

 

Com relação a seus potenciais benefícios, o Parque Ambiental trará economias significativas para Gravataí, bem como a outros municípios da região metropolitana, em virtude de sua proximidade dos centros urbanos, com redução substancial dos custos logísticos de destinação dos resíduos sólidos urbanos, já que a maior parte dos municípios transporta seus resíduos a distâncias superiores a 100 km de seus respectivos eixos de geração. Adicionalmente, o parque trará economias logísticas relevantes por concentrar destinações finais de resíduos distintos em um mesmo local, evitando assim um novo transporte até a destinação adequada, após a triagem dos materiais.

Em termos de recuperação dos resíduos urbanos, para efeitos comparativos, Gravataí, o RS e o Brasil, reciclam em média 3% do lixo, enquanto a Alemanha, Áustria e Coreia do Sul superam 50%. De acordo com o grupo Centauro, a triagem mecanizada a ser implantada no parque ampliará significativamente o reaproveitamento dos resíduos, considerando os recicláveis que passariam para 10% – 12%, o CDR (combustível derivado do resíduo) que agregaria mais 25%, além dos orgânicos, cuja massa seria reduzida através do processo de biodigestão, com a produção de fertilizantes e energia.

Com a instalação do Parque Ambiental, que projeta até 1.000 empregos diretos, considerando as operações desenvolvidas pelo grupo e as que serão implantadas no complexo industrial de resíduos; a economia de custos logísticos para Gravataí é projetada em mais de R$ 5 milhões ao ano, além de um ganho anual de R$ 6 milhões em impostos municipais, considerando-se apenas a operação de resíduos urbanos.

– Será o primeiro complexo de gestão integrada de resíduos do país planejado desde a sua concepção – garante o consultor ambiental Alexsandro Ribeiro, ex-diretor da CRVR e atualmente sócio-diretor da Movimenta Soluções Corporativas, que presta serviços ao grupo Centauro, que, por sua vez, apresenta em seu portifólio a solidez de atuar no país há 50 anos nas áreas de limpeza urbana, serviços terceirizados, saneamento, varejo e no mercado imobiliário, com mais de 2 mil colaboradores.

– Chama-se Parque Ambiental porque une práticas sustentáveis ambientais, sociais e econômicas, cumprindo tudo que exige a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (‘PNRS’). Há todo um cercamento vegetal, cuidados com poluição olfativa, sonora e visual, vasta malha de drenagem de chorume, biogás e águas pluviais, sistemas de impermeabilização, além de equipamentos para controle geotécnico e de monitoramento de qualidade do ar e de águas subterrâneas, dentre outras medidas protetivas – relata o consultor, ao mencionar os estudos ambientais, que já consomem recursos financeiros da ordem de R$ 1 milhão.

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