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Cristian Wasem presidente: voto da cadeia decidiu eleição na Câmara de Cachoeirinha; Juca honrou o que assinou

Cristian Wasem agradece voto de Juca Soares que, em videoconferência da Cadeia Pública, retribui

Cristian Wasem (MDB) é o novo presidente da Câmara de Cachoeirinha. O voto decisivo, do vereador Juca Soares (PSD), veio em live da Cadeia Pública, como antecipei nesta tarde em Virá do Presídio Central voto que decide Presidência da Câmara de Cachoeirinha.

Apesar do descumprimento de Brinaldo Mesquita (MDB), Francisco Major Belarmino (MDB) e Deoclécio Melo (Solidariedade), a eleição manteve os pilares do acordo assinado em 2020, que garantiu o comando da Câmara em 2021 ao PSB, com Jussara Caçapava, e previa o MDB em 2022, o PDT em 2023 e o PSD em 2024, documento que reproduzi em Assinatura de vereadores não vai valer na eleição para Presidência da Câmara de Cachoeirinha; A fila anda.

O vice-presidente é Gelson Braga (PSB), o primeiro secretário Fernando Medeiros (PDT) e o segundo secretário Edison Cordeiro (Republicanos).

Reputo uma derrota do prefeito em exercício, Maurício Medeiros (MDB), que apostava em Felisberto Xavier (PSD). Nos bastidores já se prevê mudanças no secretariado e na distribuição de CCs.

Maurício já é pressionado pelos velhos e novos aliados a cortar cargos dos ‘infiéis’ da base – o que Miki Breier (PSB) raramente fez ao enfrentar rebeldes na base quando governava.

A derrota também acende o alerta para Maurício de que, como o prefeito afastado, resta forçado a ser refém dos vereadores e ameaças de CPIs e golpeachments, como alertei em Vaza Cachoeirinha: Impeachment de Miki ameaça Maurício Medeiros; O filho de calcinha, a ditadura e a galera.

A eleição foi decidida por 9 a 8, como antecipei há 12 dias em Vereador preso pede para voltar a Câmara de Cachoeirinha; A fila que anda e a ameaça de derrota do ’X9’ à Presidência, quando reportei que o retorno de Juca, com autorização do Tribunal de Justiça para participar das sessões por videoconferência, tirava de Xavier o voto da suplente Pricila Barra (PSD).

É dos Grandes Lances dos Piores Momentos, e pode ser incompreensível para leigos, mas não há nada de errado na decisão do TJ de autorizar o vereador, mesmo preso, participar das sessões da Câmara de Cachoeirinha, como tratrei em Direto do Presídio Central: vereador preso participar por vídeo da sessão da Câmara de Cachoeirinha é a sagrada presunção de inocência.

Goste-se ou não, o político está preso preventivamente, não tem condenação, nem é alvo de processo de cassação e, por isso, mantém os direitos políticos.

Juca Soares está desde 3 de agosto na Cadeia Pública, quando foi um dos alvos da Operação Cidade de Deus, sob suspeita de ter a campanha financiada pelo irmão que supostamente chefia facção envolvida com o tráfico de drogas, como o Seguinte: reportou em  Por que vereador de Cachoeirinha foi preso na operação Cidade de Deus.

Fato é que, vilão para muitos nos comentários no Grande Tribunal das Redes Sociais, foi o vereador a honrar o documento que assinou.

Ao fim, a vitória de Wasem com votos ligados àquela que era a base parlamentar de Miki representa a garantia de um presidente que não é simpático à cassação do prefeito afastado no processo de impeachment que enfrenta.

Em relação a Maurício, veremos.

Política é o estreitamento de inimizades.

 

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