moisés mendes

A hora de cair fora

O jornalismo brasileiro ainda deve a grande pauta que muitos já fizeram fora daqui. É sobre as pessoas que se negam a voltar ao trabalho presencial e preferem pedir demissão.

Não é essa conversa batida de empreendedorismo, nada disso. É a repulsa à ideia de voltar a conviver com chefias inseguras e autoritárias, colegas malas e metas e pressões de ambientes envelhecidos e carregados.

É a rejeição à ‘firma’ tradicional, potencializada pelos dois anos de ausência desse cenário real na pandemia.

Quem sobreviveu não quer mais saber desses ambientes, principalmente os mais jovens. Modelos de gestão que já eram tóxicos há décadas foram denunciados ainda mais pela pandemia.

Vale para empresas, escolas, governos e onde há algum tipo de convivência coletiva sustentada por modelos do século 20, incluindo ONGs e assemelhados.

É um fenômeno acionado na Europa e nos Estados Unidos pelos jovens. Eles pegam as mochilas e dão tiau.

O isolamento ampliou a sensação de que as pessoas trabalharam sob permanente insalubridade, desde sempre, com raras exceções.

Chegou a hora de dizer: ganho mal, sou explorado pelo subcapitalismo bolsonarista, to caindo fora, não quero mais.

No Brasil, as posturas de extrema direita, explicitadas como nunca, fazem com que algumas empresas se tornem insuportáveis. Há muitos outros Bolsonaros comandando seus negócios, com a ajuda de prepostos bolsonaristas.

Mas fazer o quê e fugir pra onde? Eis o desafio, que os mais novos saberão enfrentar.

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