Reunião no final da manhã desta sexta não debelou pendências e empurrou um acerto para novo encontro, na segunda, dia 5
O novelão da Sogal segue rendendo capítulos esta semana, embora um desfecho – mesmo que momentâneo – tenha sido novamente adiado para a próxima segunda-feira, 5. Em reunião na manhã desta sexta-feira, governo, empresa e sindicato seguiram o debate iniciado ainda na quinta, durante audiência de conciliação na Justiça do Trabalho, mas não chegaram a um acordo, ainda.
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Outro encontro está marcado para segunda, quando todas as parte voltam ao gabinete do prefeito Jairo Jorge. Um dos impasses estaria na concordância do sindicato em não promover qualquer movimento grevista nos próximos 90 dias. Com a categoria em estado de ebolição, representantes dos motoristas e cobradores estariam com dificuldade em comprometer-se com uma trégua longa.
Em troca, o governo estaria acenando com outra compra de passagens no valor de R$ 795 mil em três parcelas – todas destinada a quitar dívidas com os trabalhadores. A Prefeitura quer, ainda, que haja a separação total – física e financeira – entre Sogal e Vicasa, a criação de 10 linhas rápidas em agosto e mais 3 seletivas ainda em julho, e a proibição dos ônibus da Transcal – que vem fazendo as linhas intermunicipais da Vicasa em Canoas – de transportar passageiros em deslocamentos municipais. Outra exigência é a manutenção da Junta Governativa no comando da gestão da empresa.
O governo se comprometeria, ainda, em enviar à Câmara um projeto de lei que isenta a Sogal do pagamento de ISSQN, o imposto sobre serviço que a empresa paga pela operação do transporte público.
A discussão sobre o reajuste da tarifa, demanda solicitada pela Sogal há quase dois meses, ainda não foi concluída. A empresa pediu que a tarifa fosse aumentada para R$ 5,88 – R$ 1,28 acima do praticado hoje. Segundo o secretário de Transporte, Francisco Nunes, em uma recente entrevista ao blog, uma consultoria está auditando o cálculo tarifário e uma conclusão a respeito só será emitida pelo governo após a conclusão desse estudo.
Oficialmente, Sogal, governo e sindicato concordaram em somente se manifestar depois do fim das discussões. Quem acompanha as negociações de perto, no entanto, aposta em um entendimento já na segunda-feira, quando a empresa então anunciaria a mudança da Vicasa para um endereço diferente da Sogal e a orientação formal sobre o transporte de passageiros municipais nos ônibus intermunicipais.