Ex-prefeito conversa com partido de Beth Colombo, mas martelo não foi batido ainda
Jornais e blogs da capital saíram ontem com a confirmação de Luiz Carlos Busato, ex-prefeito de Canoas e atual secretário de Articulação com os Municípios, estaria resolvido a filiar-se ao Republicanos de Beth Colombo. Não é bem assim: há certezas e e dúvidas no caminho do ex-presidente do PTB que está com o pé mais fora do que dentro do partido.
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Após o episódio Roberto Jefferson, o caminho natural de Busato era o PSDB – o mesmo que deve seguir Ranolfo Vieira Jr., vice-governador e provável candidato da situação ao Piratini em 2022. Se Ranolfo não assinou ficha com os tucanos é, por óbvio, porque cogita outras possibilidades. Caso parecido com o o de Busato.
No PSDB, o lastro político do ex-prefeito é menor. Já uma bancada formada, um partido organizado. Ele teria chances na eleição, mas correria o mesmo risco do que em outras agremiações: um isolamento forçado por conta das lideranças já estabalecidas. E quanto tem muito cacique, sobra para os mais recentes.
No Republicanos, ao contrário, Busato entraria com a tarefa de agregar ao partido uma ala 'não-evangélica', por assim dizer. E seria ele a referência para isso. Em termos eleitoraias, no Republicanos cabem ele e Dirceu Franciscon, deputado estadual do PTB que deve acompanhar o ex-chefe seja lá para onde ele for, mas que pouco fala disso por questões de fidelidade partidária.
A novela da saída de Busato do PTB parece bem resolvida: o ex-prefeito canoense não fica. A decisão sobre o destino é que ainda deixa margem para dúvidas; o caminho pavimentado é o Republicanos, eu diria 99%.
Mas é bom lembrar que, em política, não tem jogo jogado – e esse 1% costuma ser tudo se o minuano muda.