Já sobrou um milhão

CANOAS | Márcio Freitas propõe novo Restaurante Popular com economia gerada na Câmara

Presidente da Câmara, no comando da sessão: sugestão levada ao prefeito será analisada pelo governo. Foto: Divulgação/CMC

A exemplo de anos anteriores, presidente da Câmara assina o cheque antecipando a devolução dos recursos à prefeitura, mas propõe uso em nova estrutura assistencial para quem passa fome

Foi na inauguração do Restaurante Popular da Boqueirão, sexta passada, que o presidente da Câmara de Canoas, Márcio Freitas (PDT), conversou com o prefeito Jairo Jorge (PSD) a respeito do assunto. Com um cheque no valor de R$ 1 milhão pronto para ser devolvido à prefeitura com a economia acumulada em 2021, ele teve a ideia de propor ao prefeito o mesmo projeto – só que do outro lado da cidade.

"Minha proposta é que se abra um novo Restaurante Popular no Mathias Velho", sugere o vereador.

Márcio conta que o prefeito gostou da ideia, mas pediu que o assunto fosse analisado pelo governo. "Hoje, sem o recurso da Câmara, não teria dinheiro para isso", completa.

 

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A grosso modo, um restaurante popular como o que funciona desde o dia 30 na Boqueirão custa cerca de 600 mil por ano aos cofres públicos. Cada refeição, servida em embalagens individuais, é adquirida pela Prefeitura ao custo de R$ 10,90. As 200 refeições do dia saem por R$ 2.180 – o que dá uma média de R$ 43,6 mil por mês em comida. O aluguél do prédio e os funcionários que trabalham por lá, além dos custos de manutenção e limpeza, também devem ser computados, por óbvio. Se todas as refeições do dia forem vendidas ao valor simbólico de R$ 1, ao final de cada mês o 'caixa' arrecada R$ 4 mil.

As devoluções da Câmara e um hábito recente

O prefeito não é obrigado a seguir a sugestão da Câmara para o uso do dinheiro economizado por ela. Há dois anos, porém, o governo vem ouvindo o que os veredores dizem para dar destino ao recurso.

Em 2019, por exemplo, cada escola da cidade recebeu R$ 12 mil para melhorias depois que o presidente da Câmara na época, o vereador Paulo Cézar Mossini (MDB) sugeriu que dinheiro devolvido pela Câmara fosse aplicado na Educação. Ano passado, José Carlos Patrício (PP) também fez devoluções antecipadas. E a unanimidade, os parlamentares indicaram que o destino da verba fosse a Saúde e o combate à pandemia – outro setor para o qual cada centavo novo é muito bem-vindo.

Em 2019, ao longo do ano, as devoluções da Câmara chegaram a R$ 11 milhões – praticamente o mesmo recurso dispendido, à época, para o pagamento da segunda parcela do 13º dos servidores públicos. No ano passado, foram R$ 15 milhões.

A economia maior de 2020 se deu, em parte, em razão da contenção de gastos imposto pela pandemia. Dos 12 meses do ano, a Câmara fechou sua estrutrura por praticamente quatro meses.

Para 2021, Márcio Freitas está bastante otimista sobre a economia possível. "Se tudo der certo, quero devolver R$ 20 milhões até o final do ano", conta. O valor representa um aumento de 25% no total devolvido à Prefeitura no ano passado.

 

 

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