Gravataí está acima da média dos covidiotas que não querem tomar a vacina contra a COVID-19. Até o momento são 2,3% frente a 5% de pesquisa feita no Brasil pelo Ibope. Chato é que, até agora, a maioria dos vacinados são profissionais de saúde. São covidiotas sob o juramento de Hipócrates.
3.471 doses da Coronavac foram recebidas pela Prefeitura de Gravataí até a última sexta-feira. Já foram aplicadas 2.150. Já foram vacinados 2 mil profissionais do SUS e funcionários terceirizados ligados a unidades de saúde, como recepção e higienização, e 277 internados em Instituições de Longa Permanência (ILPI) para idosos, e os 247 funcionários de asilos.
Quando produzi o artigo Por que clínica do vice-prefeito foi vacinada em Gravataí; Sem ’fura fila’, Vanessa dos Santos Prates, enfermeira que coordena o programa de imunização pela Vigilância em Saúde (Viemsa) de Gravataí, respondeu-me que 50 profissionais de saúde não quiseram receber a Coronavac.
Conforme a pesquisa do Ibope, que projeta a intenção de toda população, e aí é preciso considerar mais de R$ 280 mil habitantes, chegamos a quase 15 mil gravataienses negacionistas em relação à vacina.
A consulta inédita mostrou que 75% dos entrevistados disseram que tomarão a vacina com certeza, 20% afirmaram que talvez tomem e 5% relataram que não irão tomar o imunizante.
Reputo esses 5% os covidiotas, porque pensam só em si, não em suas comunidades.
O número de negacionistas da vacina é: em Gravataí, que pelas estimativas do IBGE tem 283.620 habitantes em 2020, seriam 14.181; em Cachoeirinha, com 131.240 habitantes, 6.562 e Glorinha, com 8.240 habitantes, 410 pessoas.
Como estratifica o Estadão Conteúdo, houve maior índice de dúvida na faixa etária dos 25 aos 34 anos (34%) e entre pessoas da religião evangélica (36%). A pesquisa também apontou que não houve diferença significativa das respostas segundo sexo, raça/cor, escolaridade e renda.
Entre as razões para a recusa ou desconfiança na vacina foram citadas a incerteza quanto à segurança e eficácia do imunizante, além de diversas teorias da conspiração como a de manipulação genética ou implantação de um chip por meio da vacina ou hipótese de que o produto seria feito com fetos abortados.
Ao fim, gostaria muito de saber os nomes dos profissionais de saúde que não quiseram tomar a vacina. Quem usa o SUS, ou paga caros planos de saúde, deveria ter o direito de saber.
Quando trouxe ao leitor a pesquisa acima, no artigo A vacina e os covidiotas em Gravataí e região, concluí assim – e reafirmo:
“…
Infelizmente, vale aquela máxima millôriana: “não reclame, quando um cara quer te fazer de idiota é porque encontrou material”.
…”
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Com ou sem (de)formação em saúde.
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