crise do coronavírus

Aumento de atendimentos em hospital de campanha não é segunda onda, é a primeira ainda; O ’platô’ nas alturas em Cachoeirinha e Gravataí

Vanderlei Marcos (D) acompanhando paciente em alta no Hospital de Campanha de Cachoeirinha

O número de atendimentos feitos pelo Hospital de Campanha de Cachoeirinha nos primeiros 15 dias do mês indica que outubro vai superar a ‘estabilidade’ de setembro, o tal ‘platô’, que em uma alegoria local acontece à altura do edifício Madri, o mais alto da cidade.

Agosto, mês de pico, registrou 1.919 atendimentos de pacientes com suspeita da COVID-19. Em setembro, no qual a bandeira vermelha ficou rosa e depois laranja, 1.749 pacientes. Nos primeiros 15 dias do outubro alaranjado, de ‘médio risco’ no Distanciamento Controlado, foram 905 atendimentos, média que pode fazer com que o mês chegue aos 1.810 atendimentos.

– Nos preocupa o efeito ainda não contabilizado do feriadão do Dia das Crianças, que além de aumentar o movimento no comércio e nas relações familiares, deu praia – alerta Vanderlei Marcos, diretor do HC, que antecipa que o prefeito Miki Breier já planeja renovar o contrato que vence no fim deste mês para manter o hospital aberto.

– Fomos os primeiros a abrir e não vamos fechar. Estamos salvando vidas. 

Nos dados de casos do último boletim epidemiológico, Cachoeirinha registra até esta terça 3.519 casos, com 2.025 recuperados e 91 vidas perdidas. Em Gravataí, o ‘novo normal’ também preocupa. São 5.604 casos, com 4.202 recuperados e 157 óbitos. Aumentou a média de 1 óbito a cada 24h de setembro, no ‘platô’ que já estava à altura do Morro Itacolomi. Nos primeiros 20 dias foram registradas 29 vidas perdidas.

Ao fim, o preocupante é que não se trata da ‘segunda onda’ da COVID-19, que a Europa experimenta e já provoca suspensão de aulas, toques de recolher entre 22h e 6h e até lockdown regionais. É ainda o primeiro vagalhão, que segue arrastando vidas. Nesta segunda, batemos recorde de casos diários no Brasil.

A ‘ideologia dos números’ é cruel com qualquer cansaço com a pandemia, ou wishful thinking, aquele desejo, ou ‘pensamento mágico’, de que a normalidade voltou.

Os políticos enlouquecidos pelas ruas não são a vacina.

 

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