a poesia do cidade

Comer O que Não É Meu

Do pão. Das frutas. As moscas da fartura.

Quero comer o que não é meu. O que falta

Na minha mesa. Quero outra capa pra vestir

Entre meus parentes.

Nem todo valium nos acalma agora. Meu pai

Tinha dois corações, mas foi o desdém que o subjugou.

E a amnésia em massa. Nunca fomos tão brutos? Somos

Crisálidas comidas por borboletas. Nunca fomos tão humanos.

 

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