Nos dias em que nenhuma surpresa ocorre, a surpresa é essa.
Dias úteis são os que mais nos inutilizam. E no fim de semana são de completa inutilidade.
Nada como uma noite entre dois rounds, digo, dias.
Ao falar no tempo das cavernas, convém esclarecer o fundamental – se é referente à pré-história ou aos dias de hoje.
Nos dias santos, os habitantes de Sodoma e Gomorra iam pra Modorra.
Nos fins de semana, não economize para os dias melhores: esses são os dias melhores.
Quase 90 dias sem sinistro da saúde. Uma eternidade sem presidente.
Semana nova: aquela série de dias semelhantes aos da semana passada.
País estranho o nosso: tem dias sombrios até com céu límpido.
Pra cada dia que passa, tem vários dias que amassam.
Saudosismo é um mirante interior de onde, nos dias mais límpidos, se avistam épocas que a gente nem curtiu direito.
Se todos os dias na quarentena você tentar escapar da rotina, essa será sua nova rotina.
De que vale um feriadinho quando todos os dias feriadeiam?
Os dias têm o mesmo tamanho. Mas alguns se tornam grandões, outros grandiosos.
O diabo desconta do tempo no inferno os dias que alguém passa vendo televisão.
Ah, nada como uma noite entre dois dias, disse o paciente ao sair de um coma prolongado.
Tudo é ponto de vista: em dias de puro anil, para-raios rígidos de tédio espetam em vão o firmamento.
Tem certos dias que a gente desanima: são os dias que estão por vir.
Lá fora, agora todos os dias da semana são domingos.
"Tempos atrás." Antes da quarentena, podia ser semanas, meses, até anos. Em meio à quarentena, pode ser dias, horas, até minutos.
Semana nova. Tomara que essa não dure mais de quinze dias.
Certos dias são indesculpáveis.
Há dias que não servem pra nada. Em comparação, há gente que não serve pra dia nenhum.
E chega um dia na vida em que os dias não chegam mais.