A página de Facebook ‘Olhar Gravataí’ noticiou caso de Dengue em Gravataí. É uma criança de 8 anos, do bairro Santa Cruz, próximo a Ulbra, sem histórico de viagem. Um caso ‘autóctone’, ou seja, a criança foi contaminada mosquito Aedes aegypti dentro do município. O Seguinte: foi investigar. Há mais casos, e também Chikungunya.
A página fez referência boletim estadual, atualizado até 30 de maio, que informa casos por regionais de saúde. Gravataí está na 2ª CRS, com outros 12 municípios que contabilizam neste ano 58 casos positivos de dengue, sendo 30 contraídos dentro das próprias cidades. Neste ano, o Rio Grande do Sul já registrou 3.160 casos positivos de dengue, 88% deles contraídos dentro do estado. Seis pessoas morreram. A dengue tipo 4 pode levar à morte por SRAG, a síndrome respiratória aguda grave, a mesma que atinge os doentes por COVID-19.
Relata a página que “conforme a mãe da criança, o primeiro atendimento em 21 de maio foi por consulta online onde o médico suspeitou de coronavírus e orientou a família a procurar o Hospital de Clínicas. Lá o resultado foi negativo para Covid, mas os médicos informaram que a criança tinha um ‘quadro viral’. Em exame particular foi detectado dengue no dia 4 de junho. A Vigilância Municipal de Saúde foi notificada e fez coleta domiciliar da amostra de sangue para ser testada no Laboratório Central do Estado. A contraprova também foi positiva para dengue e a Prefeitura avisou a família do resultado na segunda-feira, dia 15”.
– Até entendo não ter saído a notificação no site da Vigilância ainda, mas acho errado eles não soltarem uma nota alertando para o pessoal ficar de olho, pois as pessoas nem imaginam que essa doença está assim tão próxima – disse ao Olhar a mãe, que estava com o filho sem sair de casa devido a quarentena do novo coronavírus.
Conforme ela relatou à página, “o menino teve febre baixa que não passava, depois vieram manchas no rosto e que se alastraram pelo corpo. Outro sintoma foi a dor de cabeça. Na remissão da doença, coceiras nos pés à noite. Ninguém mais da família teve sintomas”.
O secretário da Saúde Jean Torman confirmou o caso do menino e informou mais dois casos de dengue ‘importados’, e outro contágio de Chikungunya, também transmitido pelo mosquito e que tem como sintomas febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas (joelhos, cotovelos, tornozelos, etc), em geral, dos dois lados, podendo também apresentar, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo. O quadro agudo dura até 15 dias e cura espontaneamente. Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos.
– Seguimos todos os protocolos sanitários. Informamos a Secretaria Estadual da Saúde e tomamos as medidas – diz Jean Torman, informando que o “fumacê” foi aplicado pela equipe da secretária no bairro Santa Cruz.
– Não escondemos nada.
OS CUIDADOS
No inverno, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, circula menos devido ao frio, mas se os criadouros não forem eliminados, os ovos depositados podem permanecer intactos por meses e, quando a estação quente recomeçar, eles vão eclodir, dando origem a um novo ciclo do mosquito.
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito, eliminando água armazenada em pontos que podem se tornar possíveis criadouros.
Vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e até recipientes pequenos, como tampas de garrafas, podem conter larvas do mosquito.
Conforme a Agência Brasil, mais de 60% dos criadouros estão nos quintais e dentro das residências, em recipientes que acumulam água parada
OS SINTOMAS
Os principais sintomas da dengue são febre alta (acima de 38,5ºC), dores musculares intensas, dor nos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
A infecção pode ser sem sintomas, leve ou grave. Se for grave, a doença pode provocar perda de peso, náuseas e vômitos.
O paciente com dengue precisa fazer repouso, ingerir bastante líquido (água) e não tomar medicamentos sem indicação médica.
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