Mesmo há cinco anos sem aumento, os vereadores de Gravataí, que ganham a mesma coisa que os colegas de Viamão, me parecem maduros o suficiente para não cair nessa. Reproduzo o artigo que acabo de escrever para o Diário de Viamão, Projeto aumenta salário de vereadores de Viamão; o ’bolsovírus’.
Siga na íntegra.
A economia mundial contaminada pelo coronavírus e a mesa diretora da Câmara de Viamão parece infectada pelo ‘bolsovírus’, ao propor aumento para os vereadores.
Está na pauta da sessão desta quinta um reajuste de 7,31% nos salários dos 21 parlamentares, que hoje recebem R$ 9,7 mil mensais, quase dez salários mínimos.
Mesmo que seja 'apenas' a inflação medida pelo IGP-M, é um deboche, ainda mais em uma cidade cuja política escandalizou o Rio Grande do Sul com a ‘Operação Capital’, a sua ‘Lava Jato’ que afastou o prefeito André Pacheco por 180 dias!
Ligeirinho, o presidente do Legislativo, Dilamar de Jesus, mais rápido do que para dar explicações sobre a denúncia que tratei no artigo Agora é o presidente da Câmara ameaçado de cassação em Viamão, propôs o mimo a ele e aos colegas antes mesmo do prefeito Valdir Elias, o Russinho, enviar à Câmara projeto de reajuste para os servidores do Executivo.
Pior é que a proposta da mesa da Câmara embute uma esperteza, para não dizer malandragem: inclui no mesmo projeto vereadores, CC e servidores concursados, para pressionar a aprovação.
Para contextualizar: professores ainda não receberam os 12,84% de reajuste do piso nacional e o conjunto dos servidores não deve receber proposta maior que 5% do governo.
Ao fim, em um momento de medo no país e no mundo, e em que Executivo e Legislativo de Viamão são alvos de denúncias, não seria recomendável uma vacina contra o ‘bolsovírus’?
Político que achar normal um aumento agora deveria lavar as mãos. E o rosto.
Com jimo cupim.
Retire o aumento, senhor Dilamar!
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