A Mina Guaíba, que se for liberada representará o maior empreendimento de extração de carvão do Brasil, é um atraso para o Rio Grande do Sul, e um risco ambiental, como tratei sexta no artigo Cachoeirinha ao alcance da poluição da Mina Guaíba; governo em silêncio.
Sabe quem concorda?
Não é a Greta Thunberg, o Sérgio Cardoso ou algum ‘ecochato’.
É Paulo Vellinho, 90 anos, seis décadas de empreendedorismo. É um 'papa do empresariado' que, com ações pioneiras, a partir dos anos 50 do século passado, revolucionou a tecnologia de produção de refrigeradores e condicionadores de ar e transformou a Springer em uma potência.
Siga a abertura da coluna de Affonso Ritter no Jornal Comércio desta terça, ‘Polo Carbonífero atrasado’, que traz entrevista com o ex-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
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A mobilização pela implantação do Polo Carbonífero no RS está atrasada 50 anos porque esse mineral está sendo abandonado por China, Alemanha e EUA devido ao seu poder poluidor e gerador de resíduos, avalia o empresário Paulo Vellinho.
– Por mais ‘lobby’ que se faça, não se conseguirá dourar a pílula, pois o carvão, felizmente, está condenado a ficar onde está – afirma.
Aliás, lembra, o mesmo irá acontecer com o petróleo, que gradativamente está sendo substituído por “energias limpas”.
– O RS adora chegar ‘depois da hora’, veja-se o caso da nossa fábrica de chips, elefante branco, que custou milhões de dinheiro público e, quando pronta, não tem o que fazer: aquele produto está superado – conclui o empresário.
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Como conclui o artigo anterior: certeza apenas que esse negócio vai feder.