opinião

Consultoria apontará se servidor de Gravataí vai pagar mais Previdência; a ’pauta-bomba’ de 2020

Secretário de Administração Alexsandro Vieira Lima em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes)

Nesta segunda acontece a primeira reunião entre o secretário Alexsandro Vieira Lima e o corpo técnico da Secretaria de Administração com a consultoria contratada pela Prefeitura por R$ 190 mil para buscar alternativas ao déficit atuarial bilionário na previdência de Gravataí, o que o prefeito Marco Alba tinha antecipado com exclusividade para o Seguinte: na entrevista de fim de ano Marco Alba está feliz; siga em vídeo e entrevista.

– A idéia é buscar formas de pagamento aprovadas pelo Ministério da Previdência que não sejam só dinheiro de alíquota na conta – explica o secretário, que também é procurador concursado, e usa como exemplo a autorização para investimentos com os fundos do IPG em negócios seguros que tragam retorno garantido para amortizar o rombo.

O déficit atuarial é de cerca de um bilhão necessário para garantir as aposentadorias dos servidores públicos pelos próximos 15 anos. Se a Prefeitura tivesse R$ 200 milhões livres para depositar, zerava a conta. Só que, para efeitos de comparação, a receita para 2020 é de pouco mais de R$ 700 milhões e todos os investimentos feitos em obras pelos dois governos de Marco Alba não chegam a esse valor.

A análise da consultoria também vai embasar o envio, ou não, de projeto do governo com modificações nas alíquotas de contribuição da Prefeitura e dos funcionários públicos.

Como o Congresso só legislou para a Previdência nacional, estados e municípios precisam fazer regulamentações próprias em seus institutos, caso do IPG, em Gravataí. É o que o governador Eduardo Leite está fazendo no Rio Grande do Sul, por exemplo, e já tratei em Meu partido é o umbigo; do vermelho ao verde oliva.

Conforme o secretário, a alíquota complementar que em 2019 custou para a Prefeitura em média 18% sobre a folha, já chega a 22% em janeiro e pode aumentar para até 30%, ainda em 2020.

– Estamos falando de R$ 4 milhões por mês.

Tratei desse cálculo, incrivelmente de forma mais tímida, no artigo Previdência custará 30 Pontes do Parque até 2022; Marco Alba fará reforma?.

Se a previsão catastrófica de Alexsandro se concretizar, é quase uma ponte do Parque dos Anjos por mês.

Amanhã busco mais informações, apesar do pouco interesse que percebo entre políticos – e leitores – nessa ‘pauta-bomba’, como já lamentei em Infelizmente, reforma da previdência de Gravataí não será mamadeira de piroca na eleição 2020.

Ao fim, por isso me incomodo em opiniões como Não basta um ’prefeito de Colatina’ para Gravataí e Cachoeirinha, que publiquei neste domingo. Esse é um problema de cidade grande, não de Colatina.

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