A Câmara aprovou financiamento para revitalização da avenida Dorival de Oliveira, projeto que o jornalista Silvestre Silva Santos revelou com exclusividade na reportagem Prefeitura vai revitalizar toda a Dorival de Oliveira, publicada segunda no Seguinte:.
A polêmica da última sessão do ano, mesmo com a aprovação dos R$ 20 milhões, foi o voto contrário dos vereadores de oposição, que entre 2018 e 2019 já tinham aprovado R$ 65 milhões em empréstimos com o Banco do Brasil, Caixa Federal e Banrisul, como, por exemplo, o dinheiro que duplicou as pontes do Parque dos Anjos.
Sem torcida ou secação, é legítimo entender o prefeito, e também os oposicionistas.
Marco Alba tem todo direito de contrair o empréstimo para esse investimento na Dorival. O financiamento só é possível porque as contas estão em dia. E, aí sim, é discurso político, dizer que o prefeito ‘só olha para o Centro’, para ‘os ricos’. Ele também está asfaltando no Rincão, no Xará e em vilas. Hoje mesmo anunciou ruas, listadas no artigo Prefeito anuncia mais ruas asfaltadas.
Também na ‘ideologia dos números’, o comprometimento da receita com dívidas, que Marco Alba vai deixar, é muito menor do que herdou – 56% em 2013 para 20% em 2020, já contando os empréstimos.
Dizer que “Marco está endividando Gravataí” é fake news.
Governistas também argumentaram que a Prefeitura tem termo de ajuste de conduta (TAC), firmado com o Ministério Público e negociado desde antes do atual governo, que projeta a realização das obras, mas sabemos que há artifícios para o governo seguir dando balão nos chatos do MP, cujo slogan poderia ser ‘vamos governar juntos’.
É uma escolha.
Por isso entendo que a oposição, ao criticar, e votar contra o financiamento, não comete nenhum absurdo, ou adere ao ‘quanto pior melhor’, faz demagogia ou caça-cliques, como já aconteceu, em minha opinião, em episódios anteriores.
É legítimo vereadores defenderem que R$ 20 milhões não deveriam ser usados na avenida principal, e sim em outras ruas de bairros e vilas.
É uma escolha.
Ao fim, quem está no governo, e tem sua maioria, tem a força. Millôr usava, para provar que a história é dos vencedores, o caso do soldado que correu 42 quilômetros para anunciar a vitória de Maratona:
– A história não registrou quanto correu o soldado que foi anunciar a derrota.