Alguns com discrição, outros com festa, bicos e selfies, conselheiras e conselheiros eleitos comemoram desde o dia 10 a diplomação para aquela que reputo uma das funções públicas mais pesadas, estressantes e sem fim, que é de zelar pela proteção das crianças e adolescentes e experimentar o convívio com situações inimagináveis de abandono, degradação, violência e desinformação.
Com um trabalho tão sério, e nobre, pela frente, que não se percam nos Grande Lances dos Piores Momentos da política mundana de viajar e botar no bolso diárias para ‘cursos de YouTube’; conspirar por aumento de salários e ou alvoroçar a tentar tomar algum do município por meio de ações judiciais.
Um bom exemplo é a Câmara.
Não é ironia.
O legislativo de Gravataí tem evoluído a cada legislatura. Dos anos 2000 para cá cortou férias de inverno, reduziu as férias de verão, cortou cargos, depois de virar escândalo no Fantástico ninguém mais viaja com dinheiro público e aumentos de salários se tornaram exceção, não regra.
O último reajuste para os políticos, aí incluindo vereadores, CCs, prefeito, vice e secretários foi de 2012 para 2013.
Em 2019, é mais uma vez ‘reajuste zero’.
A Câmara também opera com metade do orçamento. Só neste ano, R$ 3 milhões serão ‘devolvidos’ para a Prefeitura.
Como os vereadores gostam de dizer, Gravataí tem uma das câmaras mais enxutas do país.
Torçamos que as conselheiras e os conselheiros não operem fora do radar, estragando a imagem do órgão, coisa que, os vereadores sabem bem, não é fácil recuperar.