opinião

PTB de Gravataí em guerra; VAR do VAR

Jô da Farmácia em foto de arquivo de reunião do PTB

Inscreve-se tão contestado quanto no Brasileirão, o VAR que será chamado para o PTB de Gravataí para decidir entre ficar no governo Marco Alba (MDB) e apoiar o candidato à sucessão, ou sem aliar a Dimas Costa (PSD) na disputa pela Prefeitura em 2020.

Já antecipei a peleia nos artigos PTB com Dimas é ’pênalti de concurso’; la mano de diosGabinete de Dirceu do Busato: apoio a Dimas foi para o VARDziedricki sinaliza PTB com Dimas e fora do governo Marco Alba; Edir no VAR e Edir pede VAR em apoio do PTB a Dimas; a paralaxe.

Reunião na noite desta segunda já vai para a paralaxe. Uns consideram válida, outros não. Não estava lá, ainda não tive acesso à ata, mas trago testemunhos.

Fonte ligada ao grupo que quer ficar com Marco Alba diz, sob a condição do anonimato, que “o diretório decidiu, por ampla maioria, a continuidade do partido no governo”.

– Foram 28 votos favoráveis e apenas um contrário, ou 62% dos membros.

Conforme a fonte, “o presidente Jô (da Farmácia) se negou a colocar em votação as propostas e, após debates, abandonou a reunião, dando por encerrada pela falta de quórum para votar”.

– Como esta razão não era verdadeira, pois havia mais de dois terços dos membros do diretório presente, a reunião teve prosseguimento, presidida pelo vice, Luciano Oliveira, com o respaldo da maioria dos membros colegiados da executiva e do diretório. Venceu ficar no governo.

Jovane Grosz Amador, o Jô da Farmácia, que além de presidir o PTB é o único vereador do partido na Câmara, não reconhece a votação. Conforme ele, a reunião aconteceu para escolher a comissão provisória da juventude do partido, com a presidência do presidente nacional dos jovens petebistas, Pedro Chaves.

– Houve discussão acalorada provocada por alguns que, caso eu saia da base do governo, temem perder seus próprios cargos, e de familiares. Por questão de segurança dos presentes encerrei os trabalhos – diz o presidente, que reputa ao ex-prefeito Edir Oliveira a tentativa de impor uma votação fora da pauta sobre a permanência ou não no governo Marco Alba.

– Se houve outra reunião, foi sem a presença de mais da metade dos presentes. Ou seja: sem quórum.

Jô critica a forma “sorrateira” com que agiram “pessoas entendidas e experientes em política”.

– Não arriscaram agir conforme o Regimento, porque isso pode trazer a derrota – avalia Jô, considerando o movimento “falta de respeito com a sigla” e proteção de “interesses pessoais e de familiares”.

Ao fim, já tratei em artigos anteriores que uma saída para o PTB de Gravataí é liberar os filiados a apoiar o candidato que quiser. Algo como a millôriana “e aí eles não se casaram e foram felizes para sempre”. Já se for para a disputa, para enfrentar um Oliveira, Jô não pode transformar o Amador de seu sobrenome em amador da política, e ser pego de surpresa como nesta segunda.

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