opinião

O ’escândalo dos livros’ que não era escândalo; menos, vereador!

Vereador Marco Barbosa fez post associando governo a escândalo dos livros

Feio para um professor e policial civil. Nem falo que é lamentável para um vereador, porque o mau humor do eleitor para com os políticos não permite nada além da presunção da culpa, conseqüência não só de malfeitos, o que não é o caso, mas também de demagogias e fake news.

Há 10h, Marco Barbosa (PSB) postou em seu perfil no Facebook:

– Livros didáticos que deveriam ser usados na educação de crianças e jovens estão indo parar em galpões de reciclagem e virando até papel higiênico (Reportagem saiu no Fantástico 08/12). Mais um escândalo em Cachoeirinha! Lamentável! Mas, parece rotina o desperdício de dinheiro público na nossa Cidade! Cabe pedir explicações e punir os responsáveis.

O parlamentar não deve ter assistido ao Fantástico. Ao menos com a atenção devida. Primeiro, porque tem discernimento para entender a reportagem. Depois, porque não acredito seja do seu feitio usar de desonestidade intelectual para acusar o governo do cunhado Miki Breier e colocar sob suspeição todos os diretores de escola de Cachoeirinha, responsáveis pela distribuição dos livros.

Acontece que o Seguinte: buscou informações e a secretária Rosinha Lipert passou a tarde ouvindo diretoras e diretores. Todos. Ninguém jogou livro fora. De Cachoeirinha não saíram nem os chamados excedentes, que o Ministério da Educação permite a reciclagem após três anos. A política do governo é doar para a comunidade ou deixá-los à disposição em uma biblioteca da Smed.

A citação de Cachoeirinha na reportagem ocorreu porque a reciclagem foi feita em uma empresa local!

É como um investigador acusar alguém de um crime porque o revólver usado em um assassinato foi abandonado na cidade do ‘suspeito’.

Às vésperas da eleição esse tipo de coisa é preocupante.

O comentário nos bastidores é que Marco Barbosa pode trocar o socialismo pelo bolsonarismo e se filiar ao PSL, partido com personagens envolvidas até a última mentira na CPI na qual o Congresso Nacional investiga as Fake News nas eleições presidenciais. Como a vice-presidente do partido, Rosemary de Paula, também fez postagem criticando ‘o escândalo dos livros’ em Cachoeirinha, não serão poucos a temer que em 2020 tenhamos o compartilhamento de algum zap-zap daqueles sobre ‘mamadeira de piroca’.

Mais bonito seria Marco Barbosa ir às redes sociais e admitir que se afobou na crítica. Seu post tem 120 reações no Face. Muitas dessas pessoas ainda devem estar acreditando na parte da meia verdade que fica mais próxima da mentira.

 

A NOTA DO GOVERNO MIKI

Siga a íntegra da nota de esclarecimento assinada pela secretária da Educação Rosinha Lipert e divulgada há minutos.

"(…)

Em razão da matéria veiculada na noite de domingo sobre Livros Didáticos cobrando, com muita justeza, o fim do desperdício dos materiais, esclareço que a mesma não cita “escolas” de Cachoeirinha, mas usa a cidade como referência de endereço de “empresa recicladora”.

Como educadora e secretária, asseguro que em Cachoeirinha se acompanha, e se dá o melhor destino a todo o material diádico disponibilizado à rede municipal, seguindo as orientações do MEC no Programa Nacional do Livro Didático.

Sobre o descarte, o MEC orienta (Informe n° 05/2018 – COARE/FNDE) que sejam desenvolvidas ações de reciclagem para reaproveitamento dos livros que não podem ser reutilizados.

Assim, as escolas municipais, ao final do ciclo de três anos do livro didático, doam os mesmos aos alunos e, se há excedente, doam à comunidade em geral. A doação para a reciclagem somente ocorre quando não há interesse da comunidade e o material didático já está fora da validade.

Em Cachoeirinha, o livro é protagonista em diversos e importantes projetos, os quais cito: Livro Lido, que atende com kits todas as 33 escolas da rede municipal; Feira do Livro, uma semana de intensa atividade que, na sua 32ª edição, reuniu mais de 5 mil estudantes; e a Biblioteca Solarium, criada nesta gestão, na SMED, com 1.500 títulos, muitos deles didáticos, disponíveis para professores, servidores e alunos de escolas públicas e privadas.

Diante da certeza da correta atuação das nossas escolas, desta Secretaria e da Prefeitura de Cachoeirinha, reafirmamos nossa convicção no trabalho prestado e repudiamos a utilização fora de contexto de fatos alheios à nossa gestão.

(…)"

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