opinião

Ana para incendiar eleição; os outsiders na ferradura

Ana Fogaça, em ato de greve do magistério estadual em Cachoeirinha

Uma das ativistas mais aguerridas – e com fama além fronteiras – da política de Cachoeirinha está de volta ao PT: Ana Fogaça concorre à Câmara em 2020.

De seu jeito singular, e como já tem posto fogo no comando de greve do Cpers, a ex-vereadora já faz um discurso incendiário:

– Oposição somos nós. O resto é uma guerra entre facções, entre aqueles que têm cargos e os que perderam os seus ou queriam mais. Olha os últimos 15 anos: políticos, com mandato ou sem, candidatos ou não, ou foram gestores, como secretário municipais, ou CCs. A culpa é deles pela situação dramática de Cachoeirinha.

A crítica de Ana remete à saída de José Stédile do PT, ao fim de seu primeiro mandato, episódio o qual ela foi artífice por ser crítica ao governo do então colega de partido, de onde depois também saiu para concorrer a prefeita pelo PSOL.

– Conheço bem esse Stédile – diz, diferenciando o José do irmão João Pedro, líder do MST.

– Alguém duvida que, ao mesmo tempo em que é do partido do governo, é o articulador dessas candidaturas que agora se apresentam contra o prefeito (Miki Breier)?

Ana também não poupa a candidatura do PSL, do delegado João Paulo Martins:

– Já esteve na Prefeitura também. E agora que o canalha (Jair Bolsonaro) saiu do partido, não sabem o que fazer.

A filiação de Ana Fogaça acontece no próximo domingo, 8, em um almoço no CTG Sinuelo da Amizade, em que, com a presença de esquerdistas históricos como Olívio Dutra, Miguel Rossetto, Paulo Pimenta, Valdecir Oliveira, Pedro Ruas e Juçara Cony, será lançado o ‘novo’ BOM, o Bloco de Oposição Municipal, agora com PT, PCdoB e PSOL.

O ato também filia ao partido, e como pré-candidato a prefeito, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Jeferson Lazzarotto.

– É hoje um nome de consenso do BOM, mas como PT, PCdoB e PSOL são partidos democráticos, outros filiados podem se apresentar para concorrer. Entendo que nossa reeleição à presidência legitimou a defesa do BOM, da necessidade de alianças e de ampliar o alcance social. O Lazzarotto representa isso – avalia David Almansa, presidente do PT e também candidato a vereador.

Curioso é que Cachoeirinha poderá ter prefeituráveis ‘outsiders’ nos dois lados da ferradura ideológica: como o delegado João Paulo, do bolsonarista PSL, o advogado Jeferson Lazzarotto, que nunca foi filiado a nenhum partido, disputa a eleição pelo lulista PT.

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