Pais de primeira viagem têm disso. Muito embora, intuitivamente, recebemos um combo de habilidades que nos possibilitam manter a ‘cria’ viva e alimentada, algumas vezes nos atrapalhamos. Principalmente os pais, que, na média, não têm a mesma sensibilidade das mães. Essa pequena historia aconteceu no carnaval de 2015. Veio um recado na agenda da escolinha avisando que, no dia seguinte, teria uma festinha de carnaval, então precisávamos levar a Lauren com uma roupinha apropriada.
Era o primeiro evento social da Lau. Lembrei que, quando eu era criança, frequentava os matinés do extinto Asa Branca, em Gravataí. Na minha memória, eram festas à fantasia. Comprei a fantasia, feliz e orgulhoso. Uma fantasia de bruxinha. Entreguei-a na escolinha e fui trabalhar ansioso para ver as fotos ao final do dia. Só fui notar que ela havia pagado mico quando percebi que todos os seus coleguinhas estavam com fantasia, evidentemente, de carnaval: colar havaiana, sainha colorida, lantejoulas. E ela de bruxinha black trevosa no meio de todos. Podem rir (risos).
Os coleguinhas fazendo pose, aquele colorido bonito do carnaval, e a pobrezinha com um bico maior que o rostinho, roupa escura, asa de morcego sombrio, saia preta. Agora estamos no Halloween e trago à tona essa historia porque ontem a vestimos de bruxinha, mas na data apropriada. Agora ela entende, na época não. Mas um dia vai saber que foi a ovelha negra da sua primeira baladinha com os amigos.