David Almansa (PT) postou em um story em suas redes sociais uma colinha com o 13 para Lula, 13 para ele e 45 para Eduardo Leite (PSDB). O candidato à Prefeitura de Cachoeirinha na eleição suplementar do próximo domingo mostra coerência histórica: é o candidato do ‘LuLeite’; e explico abaixo do print.
Fui ouvir Almansa nesta noite após ver o post e o prefeiturável admitiu que “não é uma tarefa fácil”. Mas e colocou ao lado de líderes petistas históricos, como Olívio e Tarso, que abriram apoio a Leite.
Inegável é demonstra Almansa uma coragem rara, ainda mais em reta final de eleição. Nunca escondeu seu PT, o vermelho, o ‘Lula Livre’, e não esconde agora o apoio ao candidato antibolsonarista.
– É um voto crítico, como já fiz em 2018 frente ao SartoNaro. Eleitoralmente faço um convite aos eleitores de Leite: em Cachoeirinha, quem votar Leite, vote Lula – resume, lembrando que os adversários Dr. Rubinho (União Brasil) e Cristian Wasem (MDB) são bolsonaristas e Onyx; Rubinho mais desavergonhado, Cristian mais envergonhado, mas ambos com colinhas, respectivamente, do 44 e do 15 com o 22.
– Entendo ter lado é ter respeito pelo eleitor – explicou Almansa, lembrando ter eleito sua candidata a deputada estadual, Laura Sito (PT), para fazer oposição a Leite na Assembleia Legislativa.
– Me orgulha que para a esquerda a democracia seja um princípio acima de qualquer questão eleitoral. Viva a democracia! – concluiu.
Reputo bonito sempre que um candidato a algo comunica ao eleitor qual sua posição. Almansa nunca se escondeu. É Lula desde o presídio (quando era um detento condenado injustamente por aquele que se mostrou um ‘Padre Kelmon’ da magistratura, o assessor de Jair Bolsonaro no debate da Band, Sérgio Moro), tanto que criei o ‘AlmansaLá’.
Agora, é também Eduardo Leite.
O ‘LuLeite’.
Crítico, mas, sociólogo que é, formado na esteira dos pobres que tiveram acesso à universidade, Almansa se apresenta posicionado sobre o momento que vive o Brasil.
Ao fim, parece-me coerente o jovem de 31 anos: se a sobrevivência da democracia e da civilidade depende da derrubada dos palácios de Bolsonaro, como não se posicionar contra o puxadinho do Onyx, no Rio Grande do Sul?
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