Depois de um mês sem Avisos e Alertas, o Gabinete de Crise e o Grupo de Trabalho (GT) Saúde em conjunto emitiram Avisos a todas as 21 regiões Covid do Rio Grande do Sul. Incluem-se Gravataí e Cachoeirinha, apesar dos indicadores ainda não terem aumentado exponencialmente como no geral do RS, de uma média diária de 5,7 a cada 1 milhão de habitantes em 26 de dezembro de 2021 para 75,9 em 3 de janeiro de 2022.
O Aviso não obriga que os prefeitos adotem medidas de contenção, nem menos, nem mais radicais como o que sugeri ontem em Zaffa, imite prefeito de NY e obrigue a vacina em Gravataí; A ditadura da vida. Mas representa o setor do Governo do Estado que mede a pandemia traduzindo em Aviso o que qualquer um de nós já tinha percebido nas famílias, amizades ou mesmo nas redes sociais: mais branda, ao menos por enquanto, mas a covid voltou.
– Vivemos um momento que requer muita atenção. A variante delta, que pressionou bastante o sistema de saúde no continente europeu, não nos causou tantos problemas. No entanto, a variante ômicron tem se mostrado bastante transmissível, sendo um potencial perigo ao Rio Grande do Sul – explicou o governador Eduardo Leite (PSDB).
– Os primeiros estudos indicam que a ômicron pode ser menos letal e causar menos casos de síndrome respiratória aguda grave, mas tem se visto, no mundo, pacientes apresentando febre alta e demandando cuidados de saúde. Isso, por consequência, em âmbito regional, pode aumentar o fluxo de pacientes que precisam de cuidados na rede de atenção primária, como as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Pronto Atendimento de algumas regiões do Estado, bem como em leitos clínicos e de UTI – acrescentou.
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Conforme nota do governo estadual, o Gabinete de Crise ainda destacou que, nos últimos dias, diversos países têm registrado recordes de novas contaminações de covid-19, algumas alcançando a maior incidência de casos de toda a pandemia.
Uma vez que, em janeiro, há o período de veraneio e de férias de grande parte da população, quando ocorre maior circulação de pessoas entre as diversas regiões do Estado, para fora do Estado e do país, além de fluxo inverso para o RS, “o Gabinete de Crise considera necessário redobrar os cuidados de prevenção da Covid-19, ou seja, etiqueta sanitária, distanciamento social e cumprimento dos protocolos”.
No caso do RS, dados recentes da Secretaria da Saúde (SES) apontam para um aumento de casos confirmados nos últimos dias, tendo saltado de uma média diária de 5,7 a cada 1 milhão de habitantes em 26 de dezembro de 2021 para 75,9 em 3 de janeiro de 2022.
Conforme o Gabinete de Crise, “esse aumento pode ser explicado em parte devido a atrasos de registro no sistema gerados pelos feriados de Natal e Ano-Novo, mas o aumento dos números é consequência também do aumento da transmissão”.
Ao fim, a covid voltou, dos atores globais, jogadores de futebol e político ao irmão, a amiga e a vizinha. Apesar dos covidiotas, e graças à vacinação, ainda sem colapso no sistema de saúde e maior letalidade.
Para efeitos de comparação, a última vez que havia sido necessário emitir Avisos a todas as 21 regiões covid foi em julho de 2021.
Infelizmente, não é nosso cansaço, ou a negação, que terminarão com a pandemia.
Assista o que autoridades na covid falam ao Seguinte:
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