Aos que projetam necessária a manutenção da aliança entre Miki Breier e José Stédile para ganhar as eleições em Cachoeirinha no ano que vem, é desastrosa a entrevista do ex-prefeito e presidente estadual licenciado do PSB, ao site O Repórter.
Stédile, hoje secretário de Obras do governo Eduardo Leite (PSDB), disse não ter intenção de concorrer, apesar de, em pesquisas que mostram a ele, “em algumas estar na frente e em outras bem na frente”, e escancarou a mágoa com o prefeito, ao ser perguntado se apoiará a reeleição:
– A nossa relação esteve estremecida em função das últimas eleições. Eu sempre apoiei ele, em todas as eleições para deputado estadual e prefeito. Na última eleição para deputado federal ele não me apoiou e escolheu outro candidato – disse, ao jornalista Roque Lopes, concluindo:
– Eu nem sei se ele se interessa muito pelo meu apoio, mas o certo é que eu vou apoiar o PSB.
Procurado pelo Seguinte:, Miki não quis comentar.
Analiso eu.
Por testemunha, costumo comparar a crise ‘Miki-Stédile’, dentro do grupo que, ao fim de 2020, terá comandado Cachoeirinha por duas décadas, à crise ‘Daniel Bordignon-Sérgio Stasinski’, que destruiu o PT em Gravataí após 14 anos no poder.
Tragédia repetida como farsa, Miki quase caiu neste ano, alvo de um golpeachment como o que abateu Rita Sanco em 2011, em Gravataí.
Em 2012, veio a derrota nas urnas.
Como na poesia do Cazuza, "eu vejo o futuro repetir o passado…".
Ao fim, até neófitos observadores da política desconfiam que, se Miki e Stédile estiverem juntos na campanha do ano que vem, será uma comunhão de ódios.