Rápido, curto e no ponto. Assim é o artigo selecionado para abrir o mês de Agosto, que acumula tantos assuntos em curtos 31 dias. E nada de mês do desgosto! A hora é de levantar a cabeça e a partir para o ataque, o que serve para empregados e empresários. Bom proveito!
O que esperar das pessoas e das empresas?
A 51ª Reunião da Qualidade promovida pelo PGQP, proporcionou uma reflexão para os gestores que querem se destacar no atual cenário político, social e econômico brasileiro. Mostrou que somente com planejamento e um propósito bem definido é que as empresas poderão se tornar as melhores no seu mercado de atuação e, por consequência, as maiores. Falou de qualidade, produtividade, inovação, tecnologia, governança, sustentabilidade, de pessoas e o que as move.
E é sobre as pessoas que quero falar um pouco mais, pois todos os palestrantes tocaram neste ponto. E por que? Porque sabemos que o que move uma organização são as pessoas, e entendê-las deve ser uma das principais estratégias do gestor, pois conhecendo o seu time, melhor poderá direcioná-lo, obtendo resultados ainda mais positivos. O bem-estar das pessoas traz um maior engajamento, no lugar de desculpas, sugestões e formas de agir, de inovar, de fazer muito mais com os mesmos recursos, trazendo produtividade para o negócio.
De uma forma geral, o ser humano se move por dois objetivos: pela fuga da dor ou pela busca do prazer, e o que podemos ver nas novas gerações é que o foco está cada vez mais na busca pelo prazer. As pessoas não toleram mais trabalhar em atividades que não lhes tragam satisfação pessoal, pois não estão mais preocupadas somente com o dinheiro. Tem muito mais valor uma experiência através de um intercâmbio internacional não remunerado que lhe traga uma experiência pessoal, do que um emprego estável na empresa da família ou numa empresa de grande nome no mercado.
O dilema está na geração que está vivendo esta transição, porque ainda vive aterrorizada pelo medo do novo, do diferente, da opinião dos outros e das consequências que as suas decisões podem trazer, e além disso, do medo de ter deixado passar o tempo de arriscar/mudar. Mas o interessante deste processo é que uma geração impacta a outra e as pessoas reconhecem que precisam começar mudando a si mesmas através de atitudes diferentes, mesmo em situações iguais.
É claro que não é uma responsabilidade exclusiva da empresa resolver estas questões, o indivíduo deve buscar o seu autoconhecimento e se apropriar desta responsabilidade. Mas o que a empresa pode fazer é criar um bom clima de trabalho, manter o foco nas pessoas, não no desejo de cada um, mas naquilo que pode ser comum para todos da organização, demonstrando que estão todos caminhando na mesma direção, trabalhando o senso de pertencimento para alinhar objetivos e firmar propósitos.
Outro ponto que estão sendo trabalhados por muitos gestores é o envolvimento da família no contexto do trabalho, ampliando o senso de pertencimento, de forma que esta possa também sentir orgulho daquele que trabalha na empresa, compreendendo os propósitos compartilhados, disseminando esta relação e, ainda, ajudando e apoiando nos momentos de dificuldades.
Esse é o recado e essa é a tônica que trará subsídios para as pessoas e as empresas fazerem diferente, inovando e levando ao mercado soluções e serviços que também proporcionem satisfação ao cliente.
Marcelo Eduardo Petry é gerente de suporte e relacionamento CIGAM Portal Produtividade em Gestão Empresarial