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A grande jogada de Stédile que envolve Rubinho na nova eleição de Cachoeirinha; ’Vamos expulsar Miki’

Stédile discursa em frente a Rubinho e Vicente Pires | FOTO Print do vídeo

Ao anunciar apoio a Dr. Rubinho (União Brasil) como candidato a prefeito na eleição suplementar, o ex-prefeito José Stédile (PSB) – e seu parceiro e também ex-prefeito Vicente Pires – tirar do caminho o principal adversário em sua candidatura a deputado estadual.

Stédile não será candidato, possibilidade que reportei segunda em A chapa ’imbatível’ na nova eleição de Cachoeirinha e os prováveis candidatos.

Seria dos Grandes Lances dos Piores Momentos ter que pedir para o povo votar no “40”, número na urna que reelegeu prefeito Miki Breier (PSB), hoje cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder econômico e político e pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, sob suspeitas de corrupção em contratos da limpeza urbana denunciado em investigações das operações Proximidade e Ousadia, do Ministério Público.

Mas Stédile agora conta com o compromisso de Rubinho, que fez 19.381 votos, perdendo por apenas 318 votos a eleição de 2020, de não concorrer mesmo que perca o pleito suplementar.

Sem Rubinho na eleição de outubro, Stédile é o favorito a se eleger em Cachoeirinha.

E, mesmo sem o prefeito por dois mandatos, e ex-deputado federal compondo a chapa como candidato a prefeito ou vice, a aliança ganha contornos de “imbatível”, ao menos nas conversas entre políticos de diferentes lados da ferradura ideológica – se é que isso ainda existe em Cachoeirinha.

O quarto colocado na eleição, Antônio Teixeira (REDE), já tinha anunciado apoio ao advogado.

Fato é que a parceria Rubinho-Stédile não é novidade.

Reportei antes da eleição de 2020, em artigos como Stédile vai demitir Vicente?; Ex-prefeito anti-Miki, alto salário no Estado, se associa à oposição (ou Situação B) e Os ’anti-Miki’; silêncio de Stédile grita.

Em setembro, quando Vicente compartilhou posts de Rubinho e adversários do então prefeito de seu partido, Miki, candidato à reeleição, escrevi: ”…O novo capítulo da série Netflix ‘Eu Odeio Miki’ traz mais uma evidência de que Vicente Pires (PSB) é sottocapo do don José Stédile (PSB) na conspiração para atrapalhar a reeleição de Miki Breier (PSB), em Cachoeirinha…”.

E constatei: “… Se quem cala consente, o silêncio de Stédile gritou. Mesmo sendo o presidente estadual do partido, licenciado para ocupar a secretaria, ainda manda no que mais parece uma agência do Sine, do que um partido…”.

Stédile agiu de seu jeito, sem dizer sim, nem não.

A prova de que sabotou Miki, o próprio ex-prefeito confirmou no ato político da noite desta quarta-feira, quando, ao lado de Vicente, abriu apoio a Rubinho e desafio alguém tê-lo visto pedindo votos para a reeleição de Miki, apesar de ter sido em 2016 o ‘Grande Eleitor’ do prefeito que resta hoje sob ‘velório político’: cassado, inelegível por 8 anos e ameaçado por ação penal.

– Nós vamos tentar expulsar o Miki. Mas se o Miki não for expulso não tem problema, porque nós vamos ganhar a eleição – disse Stédile, emn trecho de vídeo do ato, que circula pelo WhatsApp como “encaminhado com frequência”, e onde se ouve ao fundo um “bora lá” da ex-vereadora Jack Ritter (Cidadania), rebelde no governo mesmo quando estava no PSB de Miki e que deve ser novamente a vice de Rubinho.

 

Assista à fala de Stédile e, abaixo, sigo

 

Ao fim, a eleição suplementar já começou, mesmo que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não tenha marcado data, e analise apelação do advogado André Lima, como reportei em Recurso ao TRE pode adiar nova eleição em Cachoeirinha e permitir até que Miki concorra.

Rubinho é o favorito, mas deve enfrentar a caneta na mão do prefeito interino Cristian Wasem (MDB) e sua ‘República dos Vereadores’, que quanto mais tempo tiver de tinta, mas força ganha; além do outsider Delegado João Paulo (PP), com um discurso quase que ‘anti-política’, se apresentando como o ex-chefe de Polícia do Estado que pode enfrentar grupos políticos, econômicos e facções que querem tomar de assalto a Prefeitura.

Sobre Stédile, resta reconhecer que é uma raposa da política.

Se Rubinho for eleito, não disputará votos com ele em Cachoeirinha na eleição para a Assembleia Legislativa. Se Rubinho perder, neste 2022 o ‘gringo’, como fez com Dilma no golpeachment, dá um ‘tchau querida!’ para dois de uma vez, afinal, Miki já era.

 

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