O prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) disse ainda não ter sido procurado por executivos da Coca-Cola, mas confirmou ao Seguinte: que existem rumores de que a multinacional prospecta investimento em Gravataí, como parte de quase R$ 1 bilhão anunciado para os próximos cinco anos no Rio Grande do Sul.
– A fábrica de Porto Alegre foi recuperada após a enchente, mas não descartaram um novo investimento, em local seguro – disse, sobre os mais de R$ 600 milhões investidos para retomada e transformação da planta da Capital na mais moderna da empresa no país, e outros R$ 300 mi para novos projetos.
O governador Eduardo Leite (PSDB) celebra o investimento da Coca-Cola Femsa como um “ato de confiança” no Plano Rio Grande. Durante reunião em setembro com executivos da empresa em São Paulo, Leite reforçou o compromisso de facilitar negócios: “Colocamos nossas equipes à disposição para assegurar investimentos”.
Além da retomada da unidade de Porto Alegre, a fabricante ampliou apoio a comunidades afetadas, trocando geladeiras de comerciantes e flexibilizando pagamentos.
– Seguimos unidos pelo RS, comprometidos em colaborar com o desenvolvimento socioeconômico do Estado – declarou o CEO da Coca-Cola Femsa, Eduardo Pereyra.
Por que Gravataí
Uma operação em Gravataí teria como atrativo a localização estratégica como pólo logístico da Região Metropolitana que não foi atingido pela enchente de maio do ano passado. O plano qüinqüenal da Coca-Cola Femsa prevê, além da reformulação da unidade de Porto Alegre, a ampliação de centros de distribuição e linhas de produção no estado.
Especialistas avaliam que a lógica logística e a necessidade de diversificar riscos após as enchentes podem levar a empresa a considerar investimento na ‘terra da GM’. Gravataí é, hoje, um destino natural para quem busca segurança geográfica.
– Com quem falo, coloco-me sempre à disposição – diz o prefeito Zaffa, que conta ter sido abordado domingo, no supermercado, por empresário que lhe perguntou como marcar em Gravataí agenda para empresa indiana interessada em investir no Brasil.
– Qualquer dia, em qualquer horário. Eu atendo e o governo está disponível. É assim que faço. Espinhel sempre na água – respondeu, sobre a disposição do município para negociar.
Ao fim, enquanto Zaffa aguarda sinais concretos, o governador respira alívio com a retomada de um de seus maiores empregadores. Resta saber se os rumores sobre o ‘Projeto Gravataí’ se tornarão o próximo capítulo da reconstrução gaúcha.
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