A Câmara de Vereadores de Cachoeirinha divulgou no começo da tarde desta quarta-feira (22/2) uma ‘Nota Oficial” em que justifica a decisão do presidente, vereador Marco Barbosa (PSB) de suspender a sessão de ontem na qual seria votado o ‘pacotaço’ do prefeito Miki Breier (PSB) que corta vantagens salariais do funcionalismo com a finalidade de promover o ajuste financeiro da Prefeitura.
Na nota, sem a assinatura de Barbosa ou de qualquer outro vereador, consta que “foi garantido o princípio da liberdade individual de livre manifestação ao ato realizado nesta terça (21/02) em frente ao prédio da Câmara” e que o objetivo ao longo do dia foi preservar a segurança de todos.
— A presença das autoridades policiais esteve imbuída em garantir que a manifestação não extrapolasse os limites da ordem — consta.
Ordem e segurança
O documento encerra dizendo que o Legislativo buscou alternativas para que a manifestação dos municipários não extrapolasse os preceitos da ordem e não colocasse em risco a segurança das pessoas, vereadores, funcionários do Legislativo e dos próprios manifestantes.
— Na medida em que isso não se cumpre, cabe a este Poder conduzir as ações de forma mais adequada. Esta Casa sempre esteve com suas portas abertas ao longo do ano para receber a todos e todas, dando pleno acesso aos vereadores democraticamente eleitos.
A NOTA DA CÂMARA
NOTA OFICIAL
A Câmara Municipal de Cachoeirinha esclarece que as medidas propostas pelo Poder Executivo aportaram para serem analisadas e debatidas, dentro de um espaço democrático de direito. Para isso, foi garantido o princípio da liberdade individual de livre manifestação ao ato realizado nesta terça (21/02) em frente ao prédio da Câmara. Nosso objetivo ao longo do dia foi preservar a segurança de todos. A presença das autoridades policiais esteve imbuída em garantir que a manifestação não extrapolasse os limites da ordem.
Propomos um número reduzido de pessoas nas dependências do plenário da Câmara, sabendo da limitação de espaço para comportar todas as pessoas que desejavam acompanhar a sessão. Foi inclusive aberto espaço em Tribuna Popular para uso da palavra ao sindicato que representa os servidores municipais. Infelizmente houve a ocupação das dependências da Casa, havendo dificuldades em manter a integridade física de todos os cidadãos. Com este ato, a sessão não teve condições de ser realizada em sua normalidade, havendo a necessidade de ser iniciada apenas cumprindo os ritos iniciais, sem apreciação dos projetos que estavam na ordem do dia.
O respeito ao processo democrático foi garantido. O Poder Legislativo buscou alternativas para que a manifestação fosse realizada dentro da ordem e da segurança de todos. Na medida em que isso não se cumpre, cabe a este Poder conduzir as ações de forma mais adequada. Esta Casa sempre esteve com suas portas abertas ao longo do ano para receber a todos e todas, dando pleno acesso aos vereadores democraticamente eleitos. Continuaremos sendo o espaço de discussão política da vida desta cidade.
Cachoeirinha, 22 de fevereiro de 2017.
AS MULHERES
Na ‘guerra das notas oficiais’, ainda na noite de ontem o Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha divulgou “Nota de repúdio à repressão do Governo Miki Breier”, em que as trabalhadoras municipárias se queixam de agressões das quais dizem ter sido vítimas, durante a manifestação na Câmara.
Alegam que professoras foram agredidas fisicamente, reclamam do uso da força e do spray de pimenta, pela Guarda Municipal e Brigada Militar. e acusam diretamente o prefeito Miki de ser o responsável pela repressão contra os municipários já que não esteve disposto a dialogar sobre as propostas apresentadas para votação na Câmara.
A NOTA DOS MUNICIPÁRIOS
NOTA DE REPÚDIO À REPRESSÃO DO GOVERNO MIKI BREIER
As trabalhadoras municipárias de Cachoeirinha manifestam total repúdio às agressões sofridas pelas companheiras da categoria no dia 21/02 na câmara municipal dos vereadores. Durante o protesto legítimo que reuniu centenas de pessoas contra a retirada de direitos pelo Governo Miki Breier, colegas foram agredidas pela Brigada Militar e pelo comandante da Guarda Municipal. Uma colega professora foi agredida pelo comandante da guarda municipal que covardemente a atacou com socos pelas costas dentro da câmara no momento em que ela saia de uma negociação. Outra colega da direção do sindicato teve lesões no corpo e dificuldade respiratória após o uso da força e do spray de pimenta por parte da Brigada Militar.
Tudo isso ocorre no momento em que o governo tenta patrolar os direitos dos municipários, atacando conquistas históricas e empurrando goela abaixo medidas que reduzem a remuneração dos trabalhadores do serviço público. O Sr. Prefeito Miki Breier é responsável pela repressão contra os municipários, pois não esteve disposto para dialogar a respeito das propostas apresentadas pela categoria e simplesmente tenta impor a qualquer custo um pacote que retira direitos adquiridos.
As mulheres municipárias são guerreiras e valentes. Somos a maioria que garante o funcionamento dos serviços públicos da cidade e não nos intimidaremos com a política autoritária e machista que tenta nos dominar pelo medo e pela força.
– NENHUM DIREITO A MENOS!
– NÃO VAI TER GOLPE! VAI TER LUTA!