RAFAEL MARTINELLI

A Kryptonita dos Alba, Zaffa e Gravataí para evitar expulsão pelo ‘MDB do Leite’ por apoio a Onyx

Patrícia e Marco Alba com Melo e emedebistas auto-intitulados 'MDB raiz', abrindo apoio a Onyx no comitê do PL

O prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo é a Kryptonita para evitar que o ‘MDB do Leite’, em caso de Eduardo vencer a eleição, tente expulsar a deputada estadual reeleita Patrícia Alba, o ex-prefeito Marco Alba, o prefeito Luiz Zaffalon e a maioria do partido que em Gravataí abriu apoio a Onyx Lorenzoni (PL) e Jair Bolsonaro (PL).

Quando o ‘Grande Eleitor’ da aldeia foi um dos primeiros emedebistas do Rio Grande do Sul a conduzir seu grupo à dissidência da chapa que tem Gabriel Souza (MDB) como vice, nos bastidores começaram a circular informações de que poderiam responder em comissão de ética por infidelidade partidária – o que ameaçaria Patrícia inclusive com a cassação; Zaffa não, porque prefeitos podem desrespeitar decisões ou trocar de partido sem perder os mandatos.

Fato é que, ao abrir a porteira e articular a adesão de Melo a Onyx – além do vereador da Capital Cezar Schirmer, do deputado Tiago Simon, que não conseguiu se reeleger, do presidente da Câmara porto-alegrense, Idenir Cecchim, e do suplente de vereador Pablo Melo, filho do prefeito – Marco Alba, o mais notório ‘Anti-Leite’ do MDB gaúcho, atirou uma Kryptonita nos leitistas.

Qual partido vai entregar o prefeito de uma Capital como Porto Alegre a outra sigla?

A questão seguinte é se, após o ‘LuTebet’ e o ‘LuLeite’, ambos abençoados por Eliseu Padilha, os Alba, Zaffa e Melo querem ficar no MDB, num cenário de bipartidarismo de fato no Brasil. O deputado federal reeleito Osmar Terra, por exemplo, parece que não quer.

Ao fim, repito o que escrevi em A ‘foto-bomba’ que ajuda explicar os Alba e Zaffa com Onyx, lembrando verbete do Millôr, de 1987, sobre essas idas e vindas, acomodações, interesses e traições da política: 

“Pessoas se perguntam – ocasionalmente me perguntam – em quem confiar no momento em que não se confia na própria sombra, nem na luz que faz sombra? Mas convém ser assim pessimista?, pergunto eu. Tem sempre um lado bom. Ontem mesmo eu vi um cara (não via há muito tempo mas é até meu amigo, não digo o nome porque pode ocasionalmente ler este quadrado e achar que estou dedurando ele, embora essa deduragem seja para apontá-lo pelo que é, um raro e extraordinário homem de bem) que serve. Pude examiná-lo durante algum tempo, simpático como sempre, saudável, esse homem culto, claro de ideias, experiente, generoso, olha – pensei – esse é capaz de salvar o Brasil. Mas por que estava correndo desse jeito àquela hora da noite?”.


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