Por 15 minutos, graças à tecnologia da realidade virtual, ele experimentou ter meu corpo e minha pele e eu os dele. Os dois choramos
Luiz Claudio do Nascimento tem 18 anos e mora na Cidade de Deus, em uma região miserável da favela carioca onde há crianças que não sabem o que é um chinelo e cuja única refeição é na escola. Muitos dos tiroteios que aterrorizam a comunidade acontecem na porta da casa dele. Um encontro entre Luiz Claudio e eu seria muito improvável no Rio de Janeiro de mais de seis milhões de habitantes e com o abismo da desigualdade que nos separa. Mas aconteceu. E por cerca de 15 minutos, graças a uma máquina, ele experimentou ter meu corpo e minha pele e eu, os dele. Os dois choramos com o choque.
– Você trocaria de corpo comigo? – disparei a Luiz Claudio no domingo, na própria Cidade de Deus, em uma tenda da Festa Literária Internacional das Periferias (Flupp), durante a quinta edição do evento sempre celebrada nas zonas mais pobres do Rio.
Tímido, ele aceitou com os olhos e afirmou com a cabeça.
Acompanhe o resto da história clicando aqui. O Seguinte: recomenda a imperdível reportagem publicada pelo El País.