Sobrou até para a Bíblia na última sessão da Câmara de Gravataí.
O 'debate' foi mais ou menos assim.
– Temos que discutir viagens, salários e CCs de vereadores sem demagogia – disse o presidente interino Alex Tavares (PMDB).
– Pior são aqueles que pegam uma bíblia e vão aos cultos fazer demagogia – disse Dilamar Soares (PSD).
Wagner Padilha (PSB) aproveitou e questionou o porquê da leitura de um trecho bíblico, e não espírita ou do batuque, na abertura de cada sessão.
Entre debates paralelos aos microfones e gritos da plateia enquanto Alex pedia “respeito ao credo dos outros e ao livro mais lido do mundo”, a sessão foi paralisada por 15 minutos.
– Suspendi. Não podemos baixar o nível do parlamento. Cada vez menos as pessoas se sentirão representadas. As urnas mostraram que a velha política do ataque ficou no passado – explicou o presidente, ao retornar do elevador com os líderes de bancada.
Evangélico nascido dentro da Assembleia de Deus, se há coisa que mexe com Alex Tavares, e ele não deixa de defender onde estiver, mesmo em circunstâncias desfavoráveis, é sua fé.
