crise do coronavírus

A pandemia não terminou: Gravataí ultrapassa 1000 mortes e tem 10 infectados por hora; Alerta aos não vacinados

Gravataí ultrapassou a trágica marca das mil vidas perdidas pela covid-19. São 1005 óbitos desde março de 2020. A pandemia não terminou e, além da explosão de casos, as mortes aumentaram em 2022.

Em quase dois anos de pandemia, os testes positivos já somam 31.119. Se entre setembro e dezembro de 2021 a média diária era de 10 casos, dia 14 de janeiro subiu para 80/dia e, dia 24, para 184 infectados diários. Nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, os exames positivos diários são em média 227, ou 10 a cada hora.

Se entre setembro e dezembro a média era de uma morte a cada dois dias, e nos primeiros 24 dias de 2022 só tinham sido registrados dois óbitos, nos últimos 25 dias a média subiu para 1 vida perdida a cada 24h. Bem menor que o pico de 6 mortes por dia, na média de março e abril de 2021, quando o Hospital Dom João Becker/Santa Casa preciso instalar um container para corpos.

Apesar da quarta semana consecutiva de Gravataí em ‘Alerta’, no sistema ‘3As’ de monitoramento do governo gaúcho, as internações, que tinham aumentado em janeiro, lotando UTIs e leitos de enfermaria, como reportei em Upas, UTI e leitos lotados: covid cresce 800 por cento; Gravataí e Cachoeirinha vão ’fechar’ de novo? Prefeituras respondem, caíram nos últimos 25 dias. Às 15h de hoje havia no HDJB 7 pacientes para 8 leitos de UTI e 9 pacientes para 18 leitos de enfermaria.

 

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Ao fim, a ainda assustadora ‘ideologia dos números’ grita que a pandemia não terminou.

Para além do relaxamento com os cuidados pessoais e em ambientes coletivos, do falso ‘novo normal’ do culto ao puteiro, poderíamos estar melhor, se desinformados ou informados do mal, como cúmplices culposos ou dolosos de assassinato, não questionassem a vacina.

Há quase 800 mil moradores do Rio Grande do Sul com o esquema vacinal incompleto e mais de 2,5 milhões poderiam ter tomado a dose de reforço e ainda não o fizeram.

Em Gravataí, cerca de 30 mil vacináveis não tomaram a primeira dose. Dos 220.162 imunizados, outros 30 mil não buscaram a segunda dose. E metade do total de vacinados ainda não tomou a dose de reforço.

No Brasil, 96% dos óbitos entre adultos são de pacientes sem o esquema vacinal completo. E, em relação às crianças, a covid está entre as 10 principais causas de óbito dos cinco aos 11 anos. Já tirou mais vidas do que a somatória de todas as mortes provocadas por doenças da infância para as quais existem vacinas, como reportei em Covid: estão mentindo para mães e pais de Gravataí e Cachoeirinha sobre a vacinação de crianças.

Chato como um Dr. Stockmann, em Um Inimigo do Povo, de Ibsen, associo-me ao cientista Miguel Nicolelis, brasileiro com incontestáveis acertos nos alertas que fez para as sequentes ondas da pandemia: a maioria dos políticos e da imprensa tenta convencer que a normalidade voltou, mas a realidade não os obedece.

São os fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos: só Gravataí, com 1005 vidas perdidas, já superou a ‘previsão’ de Osmar Terra, comprada por Jair Bolsonaro em 7 de abril de 2020, de que o Brasil teria menos de mil mortes com a ‘gripezinha’.

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