crise do coronavírus

A pior semana da COVID 19 em Gravataí; o inverno vem aí

Equipe da Prefeitura faz demarcação de distanciamento interpessoal em paradas de ônibus em locais de maior movimento

Gravataí ultrapassou a barreira dos 100 casos na semana em que chegamos aos 100 dias da crise do coronavírus. Os primeiros dias de junho já registram quase o mesmo número de casos da COVID-19 do que todo mês de maio.

É a ‘ideologia dos números’ evidenciando que o distanciamento controlado do Governo do RS é um experimento 'um tanto descontrolado', uma bandeira preta, ou no mínimo vermelha, não laranja, de ‘risco médio’, como a Região Porto Alegre e praticamente todo Estado seguirão classificados deste sábado.

Em O ‘urubu da imprensa’ errou, para menos; contágio em Gravataí cresceu 245 por cento, mostrei que entre março e abril 24 casos foram registrados. Em maio foram 58. E nestes primeiros dias de junho, 42. Até a publicação deste artigo, a Secretaria Municipal da Saúde registra 126 infectados.

A incidência por 100 mil habitantes é de 25.6; menor que o ‘epicentro’, Porto Alegre (72.6) e Cachoeirinha (94.4), que com 150 mil habitantes a menos tem 128 casos.

Em Gravataí são 70 mulheres (55,5%) e 56 homens (44,5%), elas com idade média de 38.83, eles 39.64. São 72 pacientes recuperados (57,1%), 50 em recuperação (39,7%) e quatro mortes (3,2%), cuja média de idade foi de 71 anos.  

O Portal COVID da Prefeitura ainda não divulgou os bairros dos infectados a partir do caso 80, quando postei Morada do Vale é ’epicentro’ da COVID 19 em Gravataí.

O alerta que faço sobre distanciamento ‘um tanto descontrolado’ é pela abertura de atividades não essenciais acontecer (coisa única no mundo!) em um período de crescimento exponencial do contágio, o que pode ser verificado em toda região metropolitana – que não tem fronteiras. Se em todo Rio Grande do Sul 71% dos 1913 leitos estão ocupados, na Região Porto Alegre, a qual pertence Gravataí, a taxa de ocupação é de 73% – ou sete a cada 10 dos 741 leitos ocupados. São 9,1% pacientes confirmados com a COVID-19.

Para facilitar o entendimento daqueles que acham ‘pouco’ cito o exemplo dos hospitais mais procurados, um público, o Conceição, e um privado, o Moinhos: nesta semana houve uma inversão na proporção de ocupação entre leitos COVID e não-COVID, de 80% para 90%.

É por aí que rasteja a cobra silenciosa do novo coronavírus, na soma do crescimento exponencial de infectados, com o crescimento da procura por atendimento e internações na rede de saúde pública e privada devido a outras doenças respiratórias potencializadas pelo frio.

Ao fim, mantida a taxa de crescimento, até o início do inverno, dia 20, teremos potencialmente mais 100 novos casos em Gravataí – e contando.

 

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