O constrangedor apoio de Luciane Medeiros a Rosane Bordignon (PDT), minutos antes da convenção onde o companheiro Valter Amaral seria confirmado como candidato a prefeito, revoltou petistas e desvelou antigas inimizades.
Jocosamente, a professora foi apresentada por Cláudio Ávila, presidente pedetista e algoz do impeachment de Rita Sanco, como ‘a primeira dama do PT’, ao assinar a ficha de filiação ao lado de outros ex-petistas.
Durante a convenção do sábado, onde em vários momentos conversou reservadamente com Daniel Bordignon, uma Lu que parecia não ter noção do impacto da notícia, explicou ao Seguinte: que sua motivação era o irmão, Fernando Medeiros, vereador recém eleito pelo partido em Cachoeirinha.
– Onde ele estiver, estarei – resumiu, minutos antes de, ao lado do candidato a vereador mais votado, Albino 'Bino' Lunardi e seus mil votos, Carlos Eduardo Dudu e seus 188, e Lisandro Paim, um dos cérebros da campanha petista na 'eleição que não terminou', ter a ficha assinada com uma caneta dourada pelo presidente estadual Pompeo de Mattos.
Psicanalista, Valter armou uma poker face para minimizar o episódio, pouco depois, ao conversar com a reportagem durante a convenção petista.
Mas Alex Borba, ex-secretário da Fazenda, voz mais ouvida pela prefeita cassada e, na época de compas do PT, invariavelmente o ‘não’ do ‘sim’ do ‘Grande Eleitor’ (e vice-versa), fez um desabafo pelo facebook.
– A política suja que alguns ex-petistas tem feito de assediar aqueles e aquelas que continuam no partido mostra bem sua índole vil. Já que derrotar Marco Alba deixou de ser viável, tentam se posicionar destruindo o partido que os construiu. Falta de caráter. Ainda bem que não nos enganarão mais.
Hoje, entre os que restaram no PT da aldeia após o assédio e o ‘golpe das urnas’, que fez o partido despencar, nos últimos quatro anos, de 41 mil para 2,5 mil votos, há uma comunhão de ódios contra Bordignon.
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