Sábado, Hotel Radar. Reunião do PDT de Gravataí. Laone Pinedo Guimarães sugere aos filiados que desliguem o wi-fi. Depois, que coloquem os celulares em um saquinho. A candidata a prefeita Anabel Lorenzi não concorda:
– Gente, não precisa isso!
Diego Pereira, assessor de Rosane Bordignon e os olhos e ouvidos de Daniel Bordignon, só observa, parado na porta.
Em março, após ser alvo de vazamentos de conversas com ministros, o presidente Jair Bolsonaro adotou uma regra para quem se reúne com ele: celulares não entram. O confisco dos aparelhos virou uma medida de proteção usada não só em seu gabinete, mas em todas as reuniões das quais tem participado
Vinte e dois deputados que estiveram no Palácio da Alvorada para se reunir com o presidente naquele mês contaram que havia um local designado para deixar os aparelhos na entrada da sala. No Palácio do Planalto, uma caixinha no corredor que antecede o gabinete presidencial faz este papel.
No gabinete do vice-presidente, Hamilton Mourão, qualquer pessoa que entra em sua sala é convidado a deixar o telefone celular do lado de fora.
Conforme o Estadão, "a prática já era adotada por outros presidentes no Palácio do Planalto".
Em Gravataí, numa reunião entre filiados, sábado, não pegou bem pelo menos para duas fontes do Seguinte:, que estavam lá.
Até porque talvez o único 'segredo de 30 pessoas' fosse a participação do próprio Laone, ex-secretário da Saúde de Marco Alba (MDB) e ex-número 1 de Jones Martins (MDB), como um dos principais formuladores da campanha de Anabel para a Prefeitura de Gravataí em 2020.
Laone é ex-marido da vice-presidente do PDT, Lisiani dos Santos, filha do falecido ex-prefeito Abílio, e também foi, em 2012, coordenador da campanha para vereador de Dilamar Soares (PSD, quase PDT).
