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A Super Neca

O DESTAQUE dessa semana é uma mulher que desempenha suas funções com um carinho e respeito que a fazem ser chamada de ‘SUPER NECA’. Ter a capacidade e o conceito que tem, não é para uma simples pessoa, é porque em tudo que faz e participa sempre é competente e além de tudo, com muito conhecimento.

Maria Jose Hickmann, ou Neca, como é chamada por todos, é publicitária e também tem formação em Letras com ênfase em Língua Inglesa, é natural de Porto Alegre.

No total, tem 22 anos de RBS. Iniciou suas atividades no Grupo em 1992 como executiva de Contas no Jornal Zero Hora, saiu em 1996 e, por três anos, trabalhou como diretora Comercial no Jornal Comunicações. Retornou ao Grupo em 1999, desta vez como gerente-executiva de Mercado na RBS TV. Em 2017 completa 18 anos de TV.

Sempre muito curiosa, apostou nos estudos para se qualificar cada vez mais. Fez uma pós-graduação pelo Programa de Varejo (Provar) da USP em Estratégias em Serviços e Varejo. Buscou esta especialização para entender melhor seus clientes que na maioria, eram do varejo. Além disso, participou de três NRFs, a maior feira de Varejo do Mundo que acontece anualmente no mês de janeiro em Nova York.

Em 2008 fez MBA em Gestão Empresarial na Fundação Dom Cabral e, em 2015, se formou mestre em Administração, com ênfase em Gestão de Negócios pela Unisinos.

Dedicou dois anos ao trabalho voluntário na ADVB/RS como VP de Relações com o Mercado.

Já recebeu muitos prêmios em sua carreira, mas considera o mais marcante quando foi eleita uma das melhores líderes do Grupo RBS, isso porque foi sua própria equipe que fez a campanha.

É apaixonada por vendas e pessoas, duas coisas que, necessariamente, precisam andar juntas, tanto que sua dissertação de Mestrado foi na área de Gestão de Pessoas, sobre as Competências Necessárias para os Profissionais de Vendas.

Participa de várias confrarias, adora conviver com amigos e os finais de semana são dedicados à família. Faz academia no mínimo três vezes por semana para degustar sem culpa de uma boa gastronomia acompanhada de um bom vinho.

E não para por aí, já está em planejamento para fechar sua formação acadêmica com um Doutorado, quem sabe para 2018.

 

OPINIÃO

Poder é uma palavra que tem origem no latim potere, termo que pode ser traduzido como ser capaz de algo, ser possível. Na atualidade, a palavra poder possui diversos significados.

Uma das mais comuns definições de poder que podemos citar é a que identifica poder com a capacidade, habilidade, faculdade ou autorização para realizar determinada ação ou atividade. É bastante usual também encontrarmos a palavra poder significando a possibilidade de que determinada coisa venha a acontecer, como, por exemplo na frase: “Pode ser que a inflação bata um novo recorde esse mês”.

Contudo, ao lermos ou ouvirmos a palavra poder é bastante provável que ideias como as de domínio ou força nos ocorram, pois poder também é a capacidade que alguém ou uma instituição tem de impor a sua vontade ou exercê-la. Neste sentido poder é aquilo que capacita um indivíduo ou uma instituição a mandar, deliberar, dominar, exercer autoridade, influência, comando e etc.

Assim vemos que poder e política estão associados. Para o sociólogo alemão Max Weber o poder é toda a ocasião que permite a imposição de uma vontade no âmbito de uma relação social, mesmo que para tanto sejam enfrentadas resistências. Desse modo o poder é exercido tanto por organizações e governos, como em pequenos grupos sociais ou relações intimas. Nesse contexto, para que o poder político se consolide ele precisa se manifestar por autoridade, coerção ou influência.

A filosofia chama a atenção para o fato de que o poder não é uma exclusividade de alguma pessoas, instituições ou governos. Para ele, todos exercemos algum tipo de poder diariamente em casa, no trabalho, na escola e etc. Assim, o poder está inserido na sociedade como uma rede onde todos tem em suas relações diárias contribuído para perpetuar os discursos de poder que estão organizados como uma rede e de forma hierárquica desde as classes dominantes até as pessoas mais simples e humildes da sociedade.

O que se torna mais importante, na definição de poder é que nas mãos ou nas cabeças de algumas pessoas, ele se torna perigoso, assustador. Em outro se torna soberba, arrogância. Em muitos, se torna estar por cima, ter o domínio.

O poder emana do povo? O poder desgraça um Estado? O poder destrói uma empresa? O poder separa uma família? O poder corrompe?

O poder é pleno, mas pode ser totalmente fracassado.

O poder não é dinheiro! O poder é cortesia, atendimento, educação, SORRISO!

 

PREDADORES

Quando uma agência tida como uma das maiores do mercado, com um belo portfólio, luta e tira conta de agência media/pequena, por questões de um FEE menor do que essa vinha cobrando e que, com certeza, não irá cobrir os custos, nem fazer cócegas no seu faturamento, é porque estamos vivendo momentos que só fazem o mercado piorar e os anunciantes ficarem cada vez mais no controle da situação. Sem disciplina e ética estamos começando a vivenciar o fim do negócio.

PROPOSTA INDECOROSA

Circula no mercado uma proposta que tem as seguintes características:

Planejamento de conteúdo mensal: R$ 300,00

Release de apresentação da empresa: R$ 250,00

8 postagens no facebook/instagram para as suas redes: R$ 320,00

4 textos de apresentação produto/empresa: R$ 280,00

12 fotos exclusivas/mês: R$ 300,00

4 posts no WhatsApp/mês: R$ 200,00

Um vídeo de apresentação: R$ 1.200,00

Trata-se de uma proposta que deixa o mercado absolutamente assustado. Gente que está no mercado e desvirtua tudo.

Entidades e mercado repudiem esse tipo de conduta. Esses profissionais não podem estar no mercado.

 

SINAPRO-RS.

Max Alexandre Rathke já está atuando como executivo do Sinapro-RS. Segundo Fernando Silveira, presidente da entidade, “a ideia de contar com o Max visa a aproximar ainda mais as agências da entidade, tanto que busquei um executivo com visão de agência, tempo de gestão em agência e próximo aos publicitários. Assim, pretendemos dar mais dinâmica e presença setorial dentro de toda a cadeia produtiva da comunicação gaúcha.” Desejamos boa sorte ao Max.

 

DETRAN

A série de simulações, (que ocorrem a todo momento na condução de automóveis, por motoristas imprudentes) mostradas no YouTube e no Facebook ,ficaram muito boas e mostram como se pode desenvolver ideias e criações que tocam as pessoas. A agência criadora da campanha é a Moove.

 

IBOPE

O ibope que cobria poucas cidades na Grande Porto Alegre, agora aumentou para 34 o número de cidades e dando um número bastante satisfatório e com melhor comprovação de audiência para os veículos de TV. Um grande passo para o nosso mercado que agora pode lidar com mais segurança para os clientes anunciantes.

 

MUDANÇAS

A Band RS perde (nós perdemos) um grande jornalista, uma grande pessoa, um grande e querido amigo, um grande e correto diretor-geral, Leonardo Meneghetti, que está indo para a Band Nacional (são Paulo), como diretor-geral de conteúdo. Em seu lugar, entra Sérgio Cóssio que, durante muito tempo, foi RBS e estava, até dois meses atrás, como diretor-geral do SBT de Santa Catarina. Sérgio estava em Portugal quando recebeu o convite dos Saad.

 

MARKETINK DIGITAL

Mariana Petek e Douglas Telo farão palestra nessa próxima terça-feira, 24, às 19:50 na Cazamata, (rua Mata Bacelar, 50) sobre ‘Marketing Digital: Ideias para 2017’. As inscrições são gratuitas pelo WhatsApp: (51) 99455.9255  e as vagas são limitadas.

 

SBT

Em celebração aos 35 anos do SBT, a equipe de figurinistas da emissora desenvolveu sete figurinos inspirados na trajetória e jeito de ser do canal. As peças foram idealizadas dentro do contexto circense e lúdico, que recebeu o nome ‘Grand Circo SBT’, exposição que traduz através da moda o DNA da emissora e de seus pilares: família, diversão e informação.

Os figurinos, que representam desde a genialidade de Silvio Santos até o universo da teledramaturgia da emissora, foram expostos pela primeira vez dentro da emissora para os seus colaboradores. Agora, começam a ser expostos para o público em geral através de um projeto em parceria com instituições de ensino voltadas ao universo da moda. E mais, aos universitários das instituições, o SBT ainda promoverá palestras e workshops.

 

MDQD

O Jornal do Comércio e a Qualidata já estão trabalhando com os resultados da pesquisa Marcas de Quem Decide. Há 19 anos, o mercado recebe o estudo das marcas mais lembradas e preferidas de um público qualificado e exigente, formado por gestores de empresas e altos executivos de negócios do RS.

Sempre atento às novidades e às tendências do mundo das marcas, a pesquisa está ainda mais multiplataforma. “O mercado está cada vez mais sintonizado. As próprias marcas estão passando por essa transformação”, explica Luiz Borges, diretor Comercial do Jornal do Comércio. Para ele, é importante para o MDQD acompanhar essas mudanças, uma vez que as empresas estão cada vez mais conectadas.

A campanha, feita pela agência Vossa Estratégia e Comunicação, mostra a disponibilidade da pesquisa em diferentes plataformas. “Essa característica facilita o acesso ao conteúdo por parte dos diversos interessados na análise e compreensão do comportamento das diferentes marcas em seus respectivos segmentos”, afirma Gil Kurtz, diretor da Vossa.

O caderno especial MDQD, com projeto gráfico inovador e agradável para a leitura dos profissionais interessados e envolvidos com esse mundo das marcas, circulará no dia 27 de março com todas as análises e gráficos dos resultados, artigos de especialistas, matérias especiais e a cobertura da entrega dos certificados aos primeiros colocados. O resultado completo será revelado em um evento exclusivo para executivos e gestores das marcas no dia 7 de março no Centro de Eventos do Plaza São Rafael. Mais informações em www.marcasdequemdecide.com.br.

 

ESCALA

Verão é momento de férias, de relaxar, de se divertir e registrar cada momento entre amigos e familiares. O resultado disso é um volume intenso de fotos e selfies nas timelines de redes sociais. Foi esta a motivação da Escala para pensar as ações de verão da Pompéia e reforçar ainda mais a imagem da marca no litoral. Uma delas é o Aeroselfie, um projeto inovador que se propõe a aumentar o engajamento de público com a empresa.

A febre dos selfies entrou em um novo patamar com os selfie drones. Aparelhos que tiram fotos de grandes altitudes ou seguem enquanto a pessoa pedala ou caminha. Ser diferente, provocar e inovar fazem parte do DNA da Pompéia, e são atitudes presentes na ação desenvolvida pela Escala. Mais do que reforçar a imagem da marca no litoral, a agência aliou o ineditismo desta nova ferramenta com o protagonismo da marca.

 

HOLIC

A Crysalis fez o pré-lançamento da Coleção outono / inverno 2017 na Feira Zero Grau, realizada em Gramado. A campanha clicada por Clóvis Dariano, com criação de Daniel Versa e Júlio Ritter, foi apresentada na Feira com o tema original *Cocoon,* associado às cores fortes da estação, terá lançamento nacional em abril.

Estande concorrido e a grande aceitação da proposta foram sinais do sucesso da nova coleção junto aos lojistas, tanto no mercado interno quanto no mercado sul-americano.

 

COCA-COLA

A Coca-Cola anuncia uma grande mudança global em suas embalagens, como parte da estratégia de marca única. As novas embalagens de todas as versões da família Coca-Cola terão o icônico disco vermelho da marca, que aparece em destaque na nova campanha Taste the Feeling (Sinta o Sabor, em português). A identidade visual unifica visualmente os produtos Coca-Cola, Coca-Cola Diet, Coca-Cola Zero e Coca-Cola Life. O novo design será lançado no México na primeira semana de maio e, em seguida, será apresentado globalmente ao longo de 2017.

 

MARCAS

Amazon foi a marca mais valiosa do varejo no ano de 2016, de acordo com o levantamento ‘Brandz Retail’ da Kantar, realizado há 11 anos. Em seguida, está o Alibaba, no segundo lugar, seguido da The Home Depot, Walmart e Ikea. Entre as 25 marcas mais valiosas, também se encontra o eBay e gigantes do varejo global como Costco, Carrefour, Target, Macy’s, entre outros. Amazon, Alibaba e eBay, marcas primordialmente digitais, respondem por 40% do valor total de todas as marcas indicadas no top 25.

 

TRANSGÊNERO

Do lado das marcas, a discussão sobre diversidade tem avançado. Da parte das agências, o assunto também está na pauta. Porém, a abordagem é muito mais teórica do que prática. Exemplo: encontrar profissionais transgêneros atuando no mercado é um desafio. Pensando em elevar essa discussão, um grupo de publicitários decidiu partir para ações concretas ao realizar um curso de conteúdo digital para pessoas trans.

O publicitário Ian Black, da agência New Vegas, em parceria com Luzinha Noleto e colaboração de Camila Gadelha, da Artplan, Pedro Jansen, da Flag e Pedro Perurena e Thais Fabris, do coletivo 65/10, realizaram um curso no início do mês para vinte profissionais trans. “A questão da representatividade vem sendo muito falada, mas pouco praticada. Só acontece a mudança quando existe ocupação – ou seja, mais mulheres, negros, gays e transgêneros trabalhando nas agências e nos clientes”, diz Ian Black.

 

TREINAMENTO

A empresa de treinamentos comportamentais, Tchê Treinamentos, anuncia a realização do ‘Fórum Brasil de Gestão, Comportamento e Vendas’ no Rio Grande do Sul. O evento acontecerá no dia 25 de março no Teatro da Feevale, em Novo Hamburgo.

O Fórum tem como principal objetivo ajudar pessoas e organizações a atingirem os resultados esperados, sendo voltado para empresários, diretores, gerentes, chefes de equipe, supervisores, coordenadores, líderes, representantes, vendedores, profissionais liberais e estudantes, que por meio do evento irão agregar novos conhecimentos e proporcionar aumento de produtividade às suas atividades.

A edição gaúcha contará com sete palestrantes com expertises distintas e maestria nas conduções de suas carreiras. Informações: www.tchetreinamentos.com.br/forum-brasil.

 

CARTA ABERTA AOS MÍDIAS. E AO MERCADO.

É inegável que em tempos de crise profunda e de falta de referências minimamente acreditáveis, abre-se caminho para salvadores da pátria. E vivemos tempos de muita crença e reza. Costumo falar que estamos sob uma tempestade perfeita. São quatro raios caindo ao mesmo tempo na cabeça de toda pessoa que trabalha com marketing no Brasil.

O primeiro raio já torra nossa vida desde o dia que abriu o primeiro site na grande rede de computador. A partir daquele dia, as pessoas deixaram de ser meras receptoras para se tornarem donas do campinho. Quem não lembra a famosa capa da Time colocando “Você” como a personalidade do ano? E todo esse empoderamento evoluiu até o on demand. Aí f*#&4 com o modelo clássico de fazer publicidade. O tal consumidor agora mandava na história. E o broadcasting indo pras cucuias…

O segundo raio é a digitalização, especialmente com os smartphones. Democratizou e tornou exponencial o pesadelo de muita gente. Não eram só os ricos e bem nascidos, mas agora até a periferia tinha poder. Todas as classes. Os velhos e as crianças. Todo mundo. Já não dava mais para esconder. Como defender as pesquisas de mídia? Como manter o prumo apenas com aquelas armas do século passado?

E aí, perto da Copa de 14, a crise econômica chegou pra arrasar o coreto de uma vez. Marcas fecharam as gavetas, botaram a grana embaixo dos colchões e o dinheiro sumiu. Só tem visto a cor aqueles que leram a tempestade e zarparam antes do tufão chegar. Muita gente não viu e fechou ou está louco para achar um dono pro seu negócio.

Mas eu falei em quatro raios. E o quarto raio é o tema deste artigo que foi pedido pelo querido Pyr após um comentário meu acerca da mídia programática no Brasil. O quarto raio é que mídia virou mercado financeiro de uma vez. Sempre foi, é verdade, mas agora está muito claro que o ativo em mídia está e será cada vez mais gerido por sistemas autônomos e de poucos donos. Bem, sempre foi de poucos donos, é verdade, mas ao menos você sabia o nome e tinha o telefone do vendedor. Agora nem mais isso você tem.

Não é uma questão de preferência, não tem mais volta. O nosso mercado democratizou, informatizou e globalizou. Tudo ao mesmo tempo, agora. A questão toda é que está começando enviesada, meio de lado, sabe?, cheio de vícios e com muita malandragem.

Vamos aos pontos que impedem o crescimento da mídia programática.

O banner não tinha morrido?

Podemos falar que o modelo de compra por plataforma, usando dados, com leilão ou compra “combinada” (isso tem vários nomes mais charmosos) promete ser o novo preto não apenas para o digital, mas para qualquer meio e canal, certo? Sim, é bem provável, que essa sentença seja verdadeira. E acredito que isso ocorra muito mais pela “força” e inteligência da máquina que pela vontade do homem. Sabemos que muitos compradores e vendedores gostariam que o tempo das vacas gordas nunca acabasse.

MAS, sempre tem um, mas, o fato é que hoje a imensa maioria do que é transacionado programaticamente é o “bom” e velho banner. Muitos já o mataram nesses mais de vinte anos de vida. Outros deram um nome novo. Agora se chama display. Tem vários sobrenomes, mas um destino: ser o primo pobre do digital.

O banner é o início da saga, porque, se a gente pensar bem, vai chegar à conclusão que uma bolsa global de compra e venda de mercadorias sempre vai precisar criar suas commodities. E o banner é a commodity perfeita. Você deve lembrar quando o Google comprou a DoubleClick e muitos acharam uma perda de tempo (e dinheiro). O fato é que naquele momento a missão da empresa era criar um futuro mais bonito para o primo pobre e, quem sabe, dar início a conquista da tal sonhada verba do offline. Obviamente que o You Tube já estava encabeçando o plano.

Commodities! Commodities em bolsas internacionais de compra e venda. Qual é o efeito disso? Preços oscilantes mas sempre com tendência para esmagar os ganhos dos produtores. E os produtores aqui são os veículos.

Para agravar um pouco a situação do banner e o mercado de commodities do programático atual, vejamos os formatos. São os formatos mais básicos, pois são padronizados e não existe commodity sem padrão global. Isso é bom para transacionar, mas é devastador para quem busca resultados além da compra com eficiência.

E daí nasce o primeiro desafio do programático. Não apenas ampliar os meios e canais, mas os formatos. Experimente comprar uma dúzia de billboard para ver o quanto vai custar. Isso que billboard é formato IAB, hein? Hoje o comprador está refém de 5 ou 6 formatos. E pode lamber os dedos.

Você tem dado em casa?

Pois está na hora de usá-lo, se você pretende ter algum sucesso com programático. Chegamos ao segundo grande desafio do mercado. Na minha visão, a grande vantagem do programável (note que já estão mudando de nome pois precisamos evitar o mico da Geração Um) é o uso de dados na mídia em tempo real. Esses dias li um comentário que dizia: “reclamam do programático mas usam como se fosse uma adnetwork”. Achei excelente. E verdadeiro.

Como todo o resto desse extenso capítulo do digital, engatinhamos quando o assunto é dados. De um lado temos as informações de comportamento de navegação. E de saída, preciso te dizer que ela leva em conta, na sua maioria, apenas dados de browser. Sabedores que somos que mais de 50% do consumo hoje é mobile e que 80% do tempo é dedicado a aplicativos, já conseguimos ter uma ideia do estrago dessa limitação. Do outro lado estão os provedores de dados. Ainda tentando entender como podem organizar, oferecer e gerar receita com isso. Essa conta está ficando cara demais. Vamos às contas.

Os prováveis 50% de incremento na efetividade da mídia em razão do bom uso dos dados, estão sendo usados para comprar as tecnologias e os próprios dados. O raciocínio é simples. Se toda campanha desperdiça 50% mas por outro lado você gasta até 50% para acertar na mosca, como profissional de mídia eu prefiro mil vezes gastar 100% errando e acertando. E é o que o mercado está fazendo. Está dando marcha ré na hipersegmentação e focando no alcance. Isso é tão péssimo quanto logicamente necessário. Nem preciso elencar aqui os N casos de grandes marcas, como a P&G, que mudaram sua forma de entregar no Facebook.

Vamos de novo a um desafio. Escolha um cliente. Pegue 1 milhão de cadastros de seu cliente. Agora vá até uma trading, DSP, DMP, escolha a sigla que quiser, e faça um deal para rodar mídia para esses clientes. Coloque uma dose de picardia, quebrando esta lista em duas centenas de custom audiences, de um jeito que algumas audiências fiquem com público abaixo de 10 mil usuários. Por favor, não realize esse procedimento antes de consultar um excelente cardiologista. Poderá causar infarto ou níveis excessivos de stress.

Gente, não pode ser assim. Ou melhor, é óbvio que é assim. Sabe porquê? Porque o digital é o berço da inovação. Sabe como se inova? Suando sangue. Tomando caldo de onda de Nazaré. Mas fica o aviso. Se você tiver um bom plano de saúde vai economizar tostões.

Bem, mas o que a piada infame do “tem dado em casa” tem a ver com isso tudo? Muito a ver, caro leitor. Gerenciar dados próprios é uma das chaves do sucesso. O dado próprio vai permitir que você fale no momento certo com a sua audiência e não com a audiência dos outros. É a diferença de uma lista de opt-in do seu site com uma base de sei-lá-quem que você comprou e disparou um e-mail marketing.

Os desafios do mercado de dados são inúmeros e são as empresas desse microssegmento às que mais se valorizarão nos próximos cinco anos. Pode anotar aí. Parte dessa importância está hoje muito bem representada com a figura do Cristiano Nóbrega, da Tail, na presidência do IAB Brasil.

“Tua Grife não vale nada”

Continua sentado porque vem um pouco mais de problema para a gente resolver. Vamos falar de inventário e placement. Está bem claro para o mercado que existe mais oferta que procura. A tendência é que exista ainda mais inventário de baixa qualidade disponível. Por outro lado, está cada vez mais raro contextos de qualidade. O que são contextos? São produtores e publicadores com credibilidade. O mercado – Google, Facebook e os outros quase gigantes – vem matando a galinha dos ovos de ouro há muitos anos. Deram espaço para os usuários criarem e distribuírem seus conteúdos. Isso é excelente, sem dúvida. Mas é inegável que está condenando a morte os veículos, especialmente os de jornalismo.

É comum ouvir a sentença acima da boca que comerciantes do programático. “O que importa não é o canal. O que importa é falar com a audiência certa.” Não caia nesse papo de comerciante. Não é um trade-off. Tá errado isso, cara. O perfil de anunciante que temos no mercado – aquele que pode comprar uma mídia de milhões por ano – tem uma marca que busca construir credibilidade. É por isso que essa marca está despejando milhões em PIs na praça. Essa marca não pode estar em qualquer lugar, MESMO que seu consumidor esteja. É, no mínimo, ético que os “new kids on the block” do programático respeitem isso. Que aumentem a porcaria do CPM então. Mas façam direito o trabalho.

Chega dessa balela de que o contexto, o placement, o canal, o diabo-a-quatro não importa. Importa sim. E está claro para quem é do carteado que faz muita diferença. Vou contar uma história. Certa vez sentamos diante de um cliente que aceitou o desafio de comparar resultado de uma mídia em Black Friday. De um lado, o incrível mundo programático; de outro, um portal regional com seus formatos padronizados e sem nenhum tipo de segmentação. Bah! Foi nocaute no primeiro round. Preciso dizer que foi à lona? Mas calma. Tudo tem uma explicação com um nome bonito. É o tal do first look. Para nossa empresa foi saia-justa, não first look.

Esta aí a razão daquele comentário: “usam programático como se fosse adnetwork”. Sabe por quê? Porque o mercado está implorando whitelist. O mercado está cansado e abrindo mão do sonho dourado do programático porque só vendem porcaria. Eu não quero minha marca no OLX e muito menos num site asiático de quinta categoria e nem me venha com num site pirata de video on demand.

E eu também penso que o mercado tem que pagar caro por isso. Tem que pagar o que vale uma mídia com formato decente num publisher decente. E que o lixo fique para os que gostam de lixo. A preço de lixo.

Óbvio que o comprador também é responsável por isso. O mercado está endeusando a métrica. Compra CPC, CPA, ROI. O que importa é gerar o resultado. Estamos de volta ao tempo de Maquiavel. Não interessa o meio. O que vale é gerar o resultado final. E dane-se a marca. Mas isso é assunto para outro artigo.

PRECISAMOS URGENTEMENTE SEPARAR O JOIO DO TRIGO. Sem jargão bonito em inglês. Sem palestra bacana. Sem viagem pra gringa. Percebem a gravidade do que está acontecendo? A venda desse lixo está para o digital como o uso de trabalho escravo está para o varejo de moda. Tem que ser exterminado do mercado. Pelo mesmo o mercado limpo que é o mercado das agências, do IAB, do M&M. De todos nós, que de uma forma ou de outra trabalhamos com isso.

Estou convicto que isso vai e já está acontecendo. Os picaretas estão com os dias contados. As empresas sérias que temos criarão políticas comerciais e os produtores já estão se organizando para ganhar força na mesa de negociação. Vem aí importantes capítulos dessa saga.

Não me interpretem mal. Não sou da velha guarda. Não sou defensor do status quo. O que clamo é por dignidade. Todos podem e devem ganhar. O mercado precisa se fortalecer, pois, os raios que estão atingindo nossas cabeças são fortes. E vai ser preciso muito mais que preço baixo, sigla bonita em inglês, inventário coco e dados meia-boca para que a publicidade brasileira volte a ser uma referência mundial.

Se a carapuça serviu para você, querido leitor, saiba que não é pessoal. É apenas o desnuvear de uma prática que já está com os dias contados. Porque de uma coisa eu tenho certeza. Ou o mercado envolvido com o programático encara os desafios e acerta o rumo, ou ele vai ser engolido por outros caminhos que já entregam resultado.

Vamos fazer um private deal?

Só enviar um Hello World

Domingos Secco Junior – Secret agent na Alright Media

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