crise do coronavírus

A vacina e os covidiotas em Gravataí e região

Foto AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa do Ibope ajuda a medir o número do que chamo covidiotas em Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha. São mais de 20 mil! Por analogia, é o que evidencia pesquisa que mostra que um em cada quatro brasileiros não pretende se vacinar contra coronavírus.

A consulta inédita encomendada pela ONG Avaaz foi realizada entre 27 e 29 de agosto em todas as regiões do Brasil. Dos entrevistados, 75% disseram que tomarão a vacina com certeza, 20% afirmaram que talvez tomem e 5% relataram que não irão tomar o imunizante.

Reputo esses 5% os covidiotas.

O número de negacionistas da vacina é: em Gravataí, que pelas estimativas do IBGE tem 283.620 habitantes em 2020, seriam 14.181; em Cachoeirinha, com 131.240 habitantes, 6.562 e Glorinha, com 8.240 habitantes, 410 pessoas.

Como estratifica o Estadão Conteúdo, houve maior índice de dúvida na faixa etária dos 25 aos 34 anos (34%) e entre pessoas da religião evangélica (36%). A pesquisa também apontou que não houve diferença significativa das respostas segundo sexo, raça/cor, escolaridade e renda.

Entre as razões para a recusa ou desconfiança na vacina foram citadas a incerteza quanto à segurança e eficácia do imunizante, além de diversas teorias da conspiração como a de manipulação genética ou implantação de um chip por meio da vacina ou hipótese de que o produto seria feito com fetos abortados.

Ao fim, a covidiotia pode ser ainda mais. Quatro dias depois da pesquisa ir à campo, Jair Bolsonaro cometeu a frase “Você não pode amarrar o cara e dar a vacina nele”' – criticada pela ONU e criminosa, fora da lei, já que o próprio Presidente da República assinou lei em fevereiro que prevê a vacinação obrigatória.

Infelizmente, vale aquela máxima millôriana: “não reclame, quando um cara quer te fazer de idiota é porque encontrou material”.

 

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