opinião

A vitória do pastor e o Tudo A Perder para Miki; aparências enganam

Edison é cumprimentado pelos eleitos após vitória para a Presidência da Câmara

A vitória do que espirituosamente o singular Agente Kauer chama de ‘Situação B’, na eleição para a Presidência da Câmara de Cachoeirinha, grita para o governo Miki Breier-Maurício Medeiros: o próximo passo dessa oposição é tomar a Prefeitura de assalto.

Na eleição do pinote do plenário, das denúncias de ameaças, choro de políticos e fake news, Edison Cordeiro, foi eleito, mesmo com as tentativas de manobras da base governista para eleger Felisberto Xavier, polêmicas que tratei nos artigos  Que vergonha, vereadores!; é crime ou mentira em Cachoeirinha e MBL vai importar fake news para Cachoeirinha?; sem pseudônimo aos bois.

Edison, que é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, cujo bispo Edir Macedo é o biografado do filme 'Nada a Perder, coloca em cartaz em Cachoeirinha um 'Tudo a Perder' para o governo com quem ceava até o mês passado. 

Experientes, o prefeito e o vice, que escaparam na justiça e no voto da tentativa de golpeachment em 2019 (Por 13 a 2 Câmara derruba golpeachment contra Miki e Maurício e Justiça suspende impeachment de Miki e Maurício; o ’parenticídio’) já devem estar pensando seriamente na possibilidade de ter que arrumar as gavetas antes da eleição do ano que vem, com as duas CPI amalucadas que estão em curso.

Se alguém quer acreditar que os políticos estão pensando só no bem da cidade, ok, é Natal.

Em Gravataí, em 2011, a prefeita Rita Sanco foi cassada em cima de uma lista de 11 denúncias, depois arquivadas, e os cargos divididos na Prefeitura pela ‘República de Vereadores’, como um exército de cabos eleitorais nas ruas, ajudou em muito a eleição dos ‘cassadores’ e a chegada da oposição ao poder – quase duas décadas depois, como também acontece em Cachoeirinha.

Kauer não erra ao falar em ‘Situação B’. Afinal, todos os 17 vereadores foram eleitos como ‘base do governo’ e tiveram participação ou influência nos governos anteriores, de Vicente Pires e José Stédile.

Inclusive, Miki não estaria mentindo ao dizer em um debate, caso não lhe impeçam de ser candidato a reeleição, que tem menos ‘minutagem’ nos governos dos últimos 20 anos do que a maioria dos que estão hoje na oposição.

Ao fim, parece que vem por aí a ‘primavera parlamentar’ em Cachoeirinha, cuja política me faz lembrar As Aparências Enganam, canção de Sergio Natureza e Tunai, a qual Elis Regina deu vida.

 

Assista ao vídeo. Reproduzo a letra a seguir

 

As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam

Porque o amor e o ódio

Se irmanam na fogueira das paixões

Os corações pegam fogo e depois

Não há nada que os apague

Se a combustão os persegue

As labaredas e as brasas são

O alimento, o veneno, o pão

O vinho seco, a recordação

Dos tempos idos de comunhão

Sonhos vividos de conviver.

 

As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam

Porque o amor e o ódio

Se irmanam na geleira das paixões

Os corações viram gelo e depois

Não há nada que os degele

Se a neve cobrindo a pele

Vai esfriando por dentro o ser

Não há mais forma de se aquecer

Não há mais tempo de se esquentar

Não há mais nada pra se fazer

Senão chorar sob o cobertor.

 

As aparências enganam aos que gelam e aos que inflamam

Porque o fogo e o gelo

Se irmanam no outono das paixões

Os corações cortam lenha e depois

Se preparam para outro inverno

Mas o verão que os unira

Ainda vive e transpira ali

Nos corpos juntos na lareira

Na reticente primavera

No insistente perfume

De alguma coisa chamada amor…

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