CONSCIÊNCIA NEGRA

Abertura oficial do Novembro Negro de Gravataí é marcada por desfile temático, apresentações artísticas e ritos de matriz africana

Desfile temático, apresentações artísticas e ritos de matriz africana marcaram a abertura oficial do Novembro Negro de Gravataí. Apesar das diversas ações já realizadas pela Prefeitura de Gravataí ao longo do mês, a abertura oficial ocorreu, na tarde de sexta-feira, 18, na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Paulo II, na Morada do Vale I.

Entre as cores vibrantes dos trabalhos escolares executados pelos alunos, o pedido pelo fim do preconceito racial ecoava no saguão da escola. Em uma tarde emblemática, que fez alusão a este 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, alunos, professores, pais e autoridades estiveram reunidos para celebrar a data e o mês de referência.

Representando o governo municipal, a chefe de gabinete do prefeito Luiz Zaffalon, Mari Léia Bastiani, falou sobre a importância da escola na transformação da sociedade:

– Uma escola com essa sensibilidade é o ambiente perfeito para a mudança na sociedade e o fim do preconceito racial. Essa é uma luta que, apesar de ser evidenciada no mês de novembro, tem que ser buscada o ano inteiro.

Sobre os avanços das políticas públicas em Gravataí, o assessor da pasta Jairton Camisolão destacou importantes passos em direção à valorização da cultura.

– Em janeiro deste ano, promovemos a Conferência da Igualdade Racial, com o intuito de trazer diversos setores da sociedade para debater políticas públicas efetivas para os negros – destacou.

O assessor e jornalista trouxe ainda o apoio à muamba, o incentivo financeiro à única escola de samba do município, a Acadêmicos de Gravataí, no valor de R$ 120 mil, e os sábados lúdicos, iniciativa que leva para dentro da comunidade quilombola ações de resgate da autoestima da população e a criação do Conselho Municipal de Igualdade Racial, entre outros feitos, como exemplos de algumas das atividades realizadas pela Assessoria de Políticas Públicas para o Negro, setor subordino à Secretaria Municipal de Governança e Comunicação Social (SGCOM).

A secretária municipal da Educação, Magda Ely, parabenizou a escola pela acolhida e pela sensibilidade da tratativa do tema.

– Essa mistura de raças é o que nós temos de mais precioso dentro da comunidade escolar. Poder conviver e respeitar as diferenças é o que nos torna únicos – destacou.

Sentimento partilhado pela diretora da EMEF, Tatiane Teixeira Sampaio, que lembrou que essa é a essência da Escola João Paulo II.

– Temos prazer em receber essa ação tão importante para a sociedade – complementou.

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