Se incompetência fosse crime, a direção do Grêmio pegaria prisão perpétua. A derrota para o lanterna Sport, em plena Arena, é uma das páginas mais melancólicas da história recente do gigante de três cores.
Em 2025, o Tricolor tem conseguido ressignificar a palavra vexame. Faltam adjetivos para ilustrar as performances e, principalmente, os resultados. Vergonha. Mediocridade. Pequenez (do futebol). Falência. Deus nos acuda!
Não foi apenas uma derrota para um time que não vencia desde março. Foi um senhor “arrodião”, como se diz na gíria. Poucas vezes a Arena presenciou um placar tão “mentiroso”. Sim, amigos e amigas! A derrota de 1 a 0 poderia ter sido por um placar ainda mais constrangedor. Santa Imortalidade!
A manutenção de Mano Menezes, embora surpreendente, não deixa de ser um acerto (?!) momentâneo. O diagnóstico, pelo menos, está correto. O principal responsável pelo caos é o elenco. Nem Guardiola resolveria, com o perdão da licença poética.
Mesmo assim, o comandante poderia ter promovido alterações ainda no intervalo, né? Todas as providências que adotou para deixar o time mais ofensivo no decorrer da etapa final já poderiam ter sido consumadas, principalmente a presença do centroavante Carlos Vinícius.
Mano Menezes antecipou que abrirá um treinamento à imprensa nesta semana. Embora o fato ilustre que o comandante tem confiança no trabalho autoral, a moeda sempre tem dois lados. Também soa como clara “cobrança pública” ao grupo de jogadores. Será que o elenco não está suando o bastante nos treinos? Talvez Felipão consiga ajudar um pouco mais…
O presidente Alberto Guerra deveria estar na coletiva pós-jogo! Que raios de reunião no Rio de Janeiro? Ou será que contavam como “páreo corrido” a disputa contra a equipe que ostenta a pior campanha na história dos pontos corridos? Os papéis deveriam ter sido trocados: vice de futebol fora do Estado e presidente na linha de frente. Não acham?
No longínquo mês de maio, escrevemos o pitaco “Grêmio e a estratégia anti-Copa em busca da sobrevivência”. À época, ilustrávamos que, infelizmente, era melhor o Grêmio ser eliminado das disputas do mata-mata para centrar fogo 100% nos 45 pontos que possam evitar o pior.
Agora, levamos mais um “triste tempero” ao debate: talvez seja necessário jogar como “time pequeno”. Fechar a casinha, jogar por uma bola, apostar no futebol reativo, na negação de espaços, na retranca. É triste, mas preciso. É fundamental promover “cirurgias” e “rupturas” também na estrutura tática.
Mais de 35 mil gremistas foram à Arena. Que torcida, senhores! Pelo menos uma boa notícia na trágica noite em azul, preto e branco. Sabemos que parte dos adeptos presentes foi “motivada” pela compra da gestão do estádio.
Ou seja, nem colocar gente no “campo” a atual direção consegue. Louvado seja o gremismo e o “bom coração” de Marcelo “Marquespan” Marques. No momento, a torcida está comendo o pão que o diabo amassou, é verdade. Mas a esperança é que o futuro tenha cara de sonho bem doce e recheado de alegrias. Antes, é preciso garantir os 45 pontos.
Que assim seja!





