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Almir Guineto e o cinema | Diego Nunes

Sambista Amlmir Guineto morreu dia 5 aos 70 anos

Morreu no dia 5 de maio o sambista Almir Guineto, um dos maiores representantes do samba de raiz brasileiro. Entre seus principais sucessos, destacavam-se “Caxambu”, “Conselho”, “Jibóia”, “Lama nas Ruas”, “Coisinha do Pai” e “Mel na Boca”.

Almir foi um dos fundadores do grupo “Fundo de Quintal” e também se aventurou pelo cinema.

Ele atuou em Natal da Portela (1988), um filme de Paulo César Sarasceni sobre a vida de Natalino José do Nascimento, mais conhecido como Natal da Portela, um maquinista de trem que acabou perdendo um de seus braços em um acidente de trabalho, tornando-se, anos depois, um dos maiores bixeiros da cidade do Rio de Janeiro, atividade que lhe conferiu a alcunha de “Rei de Madureira” e que lhe rendeu a chance de ser o patrono oficial da Escola de Samba da Portela.

 

 

No filme Almir Guineto interpreta  Paulo da Portela, importante sambista carioca. Um dos fundadores da Escola de Samba Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela (ou simplesmente Portela), Paulo foi um dos que mais lutou para mudar a imagem estereotipada e preconceituosa que se tinha a respeito do sambistas, de malandro e vagabundo, para a de artista de respeito. Para isso, ele impôs vestuário próprio para sua agremiação, e defendia que todos os portelenses estivessem devidamente vestidos com as cores da escola no dia do desfile. Foi o primeiro presidente da Portela e sua casa foi a primeira sede da escola, muito embora nesta época a sede não fosse nada além de um lugar para guardar os instrumentos.

Almir não só interpretou, como também cantou no filme. Mas apesar de se sair bem, esta foi sua única participação no cinema.  O cantor faleceu aos 70 anos,  em decorrência de complicações provocadas por uma insuficiência renal crônica.

 

Confira uma cena do cantor no filme, contracenando com Milton Gonçalves, que interpreta o papel título

 

Diego Nunes é gaúcho, formado em Rádio e TV pela Universidade Metodista de São Paulo, é pesquisador da memória cultural e artística, e sua paixão é o cinema. Além disso, atua como diretor cultural da Pró-TV, Museu da TV Brasileira, e no departamento de arquivo da Rede Record de Televisão.

Acompanhe-o pelo Memória Cinematográfica.

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