SEGURANÇA

Após prisão de um dos mais procurados do RS, Polícia Civil diz que investiga influência de facção sobre agentes e contratos públicos em Cachoeirinha e Gravataí

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu um dos principais nomes na hierarquia de uma das maiores organizações criminosas do Estado, que conforme as investigações teria “liderança consolidada em Gravataí e Cachoeirinha”.

A captura, por agentes da Delegacia de Capturas (DECAP), unidade subordinada à Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO/DEIC), ocorreu no município de Xangri-Lá, no Litoral Norte gaúcho, após semanas de monitoramento ininterrupto, que identificou os locais de circulação e ocultação utilizados pelo foragido entre a região litorânea e a Serra Gaúcha.

A operação contou com o apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Polícia Civil (GIE/PC/RS), desde o planejamento até a execução da ação, consolidando mais uma resposta efetiva da instituição ao crime organizado.

“A prisão de um dos nossos principais alvos, um dos criminosos mais procurados do Estado, é resultado de um trabalho técnico e contínuo de monitoramento realizado pela DECAP, que busca priorizar a captura de lideranças criminosas, independentemente de qual seja a facção”, disse o delegado Gabriel Casanova, titular da DECAP.

Histórico e periculosidade do criminoso

Conforme a Polícia Civil gaúcha, o preso é um dos principais nomes na hierarquia de uma das maiores organizações criminosas do Estado, com liderança consolidada nas cidades de Gravataí e Cachoeirinha. A corporação, conforme divulgação em nota, “desenvolve investigações, inclusive, sobre a existência de tentáculos operacionais e influência da organização sobre agentes e contratos públicos nesses municípios”.

O criminoso responde a dezenas de processos por crimes gravíssimos, incluindo sua vinculação direta à prática de, ao menos, 11 homicídios consumados, além de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Após receber o benefício de progressão antecipada de regime, em 24 de março de 2024, o preso rompeu sua tornozeleira eletrônica em 19 de setembro do mesmo ano e, desde então, encontrava-se foragido, sendo considerado alvo prioritário da Polícia Civil.

“É um criminoso de alta relevância e foi capturado após ter obtido progressão de regime antecipada e colocação de tornozeleira eletrônica que, como esperado, foi rompida. Trata-se de uma situação que sobrecarrega as forças de segurança, consome recursos humanos e financeiros, permite a reorganização das organizações criminosas e compromete a manutenção de bons índices, além da sensação de segurança da população”, disse o diretor da DRACO/DEIC, delegado Cassiano Cabral.

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