Em busca de conter a esporotricose, a Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal (Sema), promoveu dois mutirões de castração de felinos. As ações, que ocorreram nos meses de setembro e outubro, atenderam 3.050 animais, gratuitamente, na Unidade de Saúde e Bem-Estar Animal de Gravataí (Usag) Priscila Bittencourt.
A esporotricose é uma doença grave que afeta, principalmente, humanos e gatos, mas pode atingir outros animais. Causada por fungos, a doença tem como característica o aparecimento de ferimentos e úlceras na pele e nas mucosas.
A iniciativa de promover os mutirões veio ao encontro do aumento significativo de humanos com a doença em Gravataí, sendo a castração uma das formas mais efetivas para contê-la, pois resulta na diminuição de brigas entre os felinos.
De acordo com dados da Viemsa, até outubro deste ano, 42 gravataienses haviam sido infectados pela esporotricose. Números que representam um aumento aproximado de 30% em relação a 2021, quando foram diagnosticados 30 casos, e mais de 200% com relação a 2019, quando 13 pessoas foram diagnosticadas.
– O intuito é proteger as pessoas e os animais, uma vez que o gato é um animal bastante sensível e pode se contaminar no simples gesto de afiar as garras ou cavar a terra, trazendo a doença para si e para os humanos próximos – reforçou o secretário substituto da Sema, Diogo Castilhos, que lembrou ainda que a castração de felinos e caninos segue ocorrendo normalmente na Usag.
Uma das formas mais efetivas de conter a doença em nossos animais é a castração, pois resulta na diminuição de brigas entre os mesmos. Embora tenha cura, o diagnóstico e o tratamento precoce são primordiais para a recuperação dos afetados. No desenvolvimento inicial da lesão, o infectado apresenta lesões na pele, bem similares a uma picada de inseto.
Prevenção
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal medida de prevenção e controle a ser tomada é evitar a exposição direta ao fungo. Para isso, é importante usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, bem como o uso de calçados em trabalhos rurais. Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e, assim, novas contaminações.
Se o animal de estimação apresentar a doença, deve ser isolado e receber o tratamento indicado pelo médico veterinário, não devendo ser abandonado, maltratado ou sacrificado.
Conforme a SMS, a esporotricose tem cura, mas depende do tratamento correto e do rápido diagnóstico. Em caso de suspeita da doença, a pasta recomenda que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência e ligue para a Viemsa, por meio do telefone 3600-7740. Caso a suspeita seja de um animal, recomenda-se que os indivíduos liguem para a Unidade de Saúde Animal de Gravataí Priscilla Bittencourt por meio dos telefones 3191-4947 e 99226-5955.