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Apostas são pela aprovação do impeachment de Dilma

Votação na Câmara dos Deputados acontece no domingo | Foto CÂMARA DOS DEPUTADOS

Enquanto aguardam a definição sobre os últimos detalhes para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputados da oposição que querem seu afastamento abriram hoje (13) um bolão “democrático”. As apostas, que custam R$ 100, se referem ao placar de domingo (17), quando está prevista a decisão final da Câmara sobre o processo. Encabeçado pelos deputados do Solidariedade Paulinho da Força (SP) e Carlos Manato (ES) o bolão vai premiar apenas quem acertar integralmente o resultado.

– Se ninguém acertar, o dinheiro vai ser doado para caridade – afirmou Manato.

A brincadeira dos parlamentares, que têm marcado manifestações quase diárias em prol do impeachment, começou com sete apostas, mas Manato afirmou que serão “pelo menos 10 páginas” no final e garantiu que a base governista será convidada a participar.

 

Governo longe dos 171

 

Por enquanto, as apostas são de 370 a 396 votos favoráveis ao processo contra uma média de 110 votos contrários, longe dos 171 necessários para evitar o impeachment. Mas até o momento, aliados ao Planalto ainda não aceitaram a brincadeira.

Paralelamente, oposição e governo aguardam a decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a ordem de chamada dos deputados para votação nominal do processo de admissibilidade do pedido de impeachment. Paulinho da Força afirmou que a tendência é que o peemedebista acabe decidindo por uma chamada por região, começando no Sul e terminando no Norte e Nordeste do país.

Cunha tem minimizado a importância desta regra no processo, mas a base aliada acusa Cunha de tentar manipular a votação para influenciar o resultado em prol do afastamento de Dilma. O temor de governistas é que os parlamentares favoráveis acabem falando primeiro e isto possa influenciar o resultado.

Hoje, o vice-líder do PT na Casa, Henrique Fontana (RS), reafirmou que será ilegal a chamada por região. Para o gaúcho, se o Supremo Tribunal Federal (STF) não decidiu sobre o processo, Cunha deveria adotar o procedimento do período do impeachment de Fernando Collor, quando a chamada foi por ordem alfabética.

 

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