O verão é frequentemente considerado a estação mais alegre, repleta de luz e calor. Mas, para mim, o mar é um espetáculo à parte, que oferece lições profundas sobre a vida. Talvez você já tenha parado para pensar na imensidão do mar. Já sentiu o poder que ele exerce sobre nossa energia? Não há como ignorar a força que ele transmite, que vai além dos sentidos: o som das ondas, o cheiro do sal, o peso de sua presença.
Quando estamos à beira-mar, parece que o ritmo acelerado da vida cotidiana se dissolve. Aquele movimento constante de avanço e recuo das ondas nos lembra da dinâmica da nossa própria existência. A cada dia, enfrentamos desafios, superamos obstáculos, mas, como o mar, também recuamos e nos renovamos. Às vezes, a vida se parece com uma maré alta, intensa e cheia de energia; em outros momentos, ela é uma maré baixa, mais tranquila, em busca de repouso.
Mas há algo no mar que nos ensina de forma simples e poderosa: o equilíbrio não está na imobilidade, mas no oscilar. Como as ondas, que não param de se mover, nossa vida também é feita de altos e baixos, de momentos de calma e agitação. E, mesmo nos dias mais nublados, em que o sol parece distante, o mar segue seu curso, sem deixar de ser imenso.
A praia, ao contrário do que imaginamos, raramente se limita a refletir apenas um dia melancólico. Ela nos ensina a respeitar as marés da vida. A aceitação da oscilação é parte essencial do equilíbrio. Nada está parado no mar, e nada está realmente parado na nossa vida. Somos, assim como ele, movimento constante.
Talvez, ao olhar para o horizonte azul e infinito, possamos aprender que é preciso respeitar nossas marés interiores. Quando a maré sobe, seguimos em frente; quando recua, é o momento de descansar, mas sem parar. A vida, como o mar, exige de nós uma dança constante entre os momentos de avanço e recuo. Esse é o verdadeiro equilíbrio.
