JEANE BORDIGNON

Apure os ouvidos: Marcos Delfino está lançando seu primeiro disco!

As cortinas do teatro do Sesc vão se abrir, no próximo dia 26, para Marcos Delfino. Desta vez, sem a maquiagem do Ney em Secos & Molhados, ou os óculos escuros de Cazuza. O palco será dele, com a voz que encanta nossa cidade e várias outras por onde passa, os marcantes olhos azuis e a paixão pela música que transborda em suas interpretações. Após muitos anos de estrada nos mais variados palcos, o momento tão esperado por todo cantor está chegando: o show de lançamento do seu primeiro disco, que foi batizado com seu sobrenome, Delfino.

A primeira faixa, Agora (que é uma composição do ex- Secos & Molhados Gerson Conrad em parceria com o gaúcho Márcio Celli) já foi disponibilizada nos streamings e um gostinho das demais pode ser conferido no instagram do artista @marcosdelfinomd . O álbum, que sai no dia 21 de outubro pelo selo carioca Ternário Music, terá seis canções inéditas e uma releitura de Romance, um dos maiores sucessos de Nei Lisboa.  A produção de 6 faixas ficaram por conta de Stanis Soares e o Single Agora é assinado por Paulo Inchauspe. 

Entre as composições, Delfino tem a alegria de contar um presente de Paulinho Mendonça, letrista de Sangue Latino, que escreveu Coisas do Coração em parceria com a compositora Sueli Costa. A canção contou com a participação especial de Arthur de Faria no piano.

Seguindo o disco, Flor da Seca é um samba inédito (e delicioso, daqueles que a gente não consegue ficar parado) do ator, cantor e compositor Antônio Carlos Falcão, e contou os arranjos do músico e arranjador Guinter Vieira, membro da escola de samba Portela.

Tem compositor gravataiense também: Tiago Ramos (ex-Rosa, e que anda novamente por terras cariocas) contribuiu com duas belas canções: Que Crime é Esse?, composta em parceria com Cassiano Andrade e Rodrigo Viegas, e a belíssima Cigana (com a participação especial, no acordeon, de Diego Dias, conhecido pela banda Vera Loca). E Marcos Delfino fecha o álbum com a canção autoral Livro Aberto, onde canta sobre o rancor de alguém que se entrega e é enganado em uma relação.

“As faixas foram chegando de maneira muito mágica .À medida que eu ia conversando com amigos compositores eles iam me oferecendo três ou quatro canções pra escolher e compor o disco. Fui muito privilegiado de contar com esse timaço de compositores. Aí foi sendo super fácil de selecionar porque as canções eram todas excelentes”, conta o artista, que há muito tempo sonhava em lançar seu próprio álbum. “Sinceramente, não me agrada a ideia de ficar lançando singles soltos, sou antigo e penso sempre no legado. Por exemplo, um escritor não fica lançando capítulos soltos de seu livro, ele lança a obra completa e é assim que penso nas minhas coisas. Para lançar single tem que ter um propósito”, explica,dizendo que sente-se no início de uma nova jornada. “Estou muito animado e louco para que as pessoas ouçam” afirma.

A carreira de Delfino começou na adolescência. Aos 15 anos, fundou a banda Sigma 7, com a qual lançou dois discos (um em 2007 e outro em 2015). “Começamos nos anos 2000 e sai nos anos 2019 porque não dava mais conta de ajustar a minha agenda com os compromissos da banda. Tivemos muitos êxitos, mas minha carreira solo estava me exigindo mais espaço”, lembra.

No caminho solo, o cantor, compositor e intérprete ganhou vários palcos com dois projetos executados com maestria, e que já foram assunto aqui na coluna: os tributos ao lendário grupo Secos & Molhados e ao eterno poeta do rock Cazuza. E também espalhou sua voz cristalina por vários bares, pubs ou espaços como o palquinho da nossa Rua Coberta, levando um repertório recheado de clássicos do pop e rock, nacional e internacional, e também da nossa MPB.

Um artista brasileiro: batalhador, sonhador e muito persistente. Essas são as palavras que Delfino escolhe para se definir.  “Acredito sempre que o povo gosta de música boa e que ela só precisa ser ofertada a eles”, defende, lembrando de uma frase do grande Gilberto Gil: “O povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe”. Então… “boa música precisa ser apresentada à massa”, completa o cantor, com o coração cheio de expectativa para levar ainda mais canções de qualidade para o público.

No show de lançamento, além das 7 músicas do disco, o artista vai interpretar algumas releituras de rock nacional e da MPB. “Sons completamente inéditos em minha interpretação, coisas que nunca me viram cantando”, ele avisa, adiantando que o repertório terá nomes como Gal Costa, Elis Regina, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Ney Matogrosso… Delfino também vai receber no palco alguns amigos e colaboradores desse projeto: Glau Barros, Paulo Inchauspe, Antônio Carlos Falcão e Diego Dias. A direção musical desse show é de Stanis Soares, e o artista será acompanhado pelos músicos: Fernandão (bateria), Amilton Ritzel (baixo), Guto Padilha (percussão), Gabriel Cardoso (teclados), Mick Oliveira (guitarra) e Vini Braun (violões). 

Estaremos lá, não é mesmo? Anotem aí: dia 26 de outubro, às 20h, no Teatro do Sesc Gravataí. Os ingressos estão à venda no SAC do Sesc ou pelo e-comerce https://ecommerce.sesc-rs.com.br/ecommerce.paginaproduto.aspx?1428,SHOW-DELFINO—MARCOS-DELFINO-(RS) . Garanta logo o seu! E quando Delfino for um nome conhecido no Brasil inteiro, vocês poderão dizer que já apreciavam esse talento. Que venha o sucesso!

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