"Meu olhar te mantém prisioneira.
Faminta e sedenta,
és inquilina do meu coração,
naufragado, murcho e empedrado".
O ritmo rápido do texto de Rafael Ilhescas é como aquela lembrança que se guarda na memória, às vezes até sem perceber, mas que garantem alguns segundos de reflexão e relaxamento em dias de correria na cidade. Pois desde a última sexta, e até 25 de junho, este e outros quatro textos e ilustrações, como a da Nathalia Lourenci, que acompanha o texto do Ilhescas, serão companheiros das reflexões dos passageiros do Trensurb.
LEIA TAMBÉM
Traços e letras do Coletive Arts em Gravataí
COM VÍDEO | Super poderes para fechar a feira
Foi aberta a exposição de trabalhos do Coletive Arts, que reúne artistas de Gravataí, na Estação Mercado do trem, em frente à Biblioteca Sobre Trilhos.
— Recebemos o convite para participar desta mostra e fizemos uma breve coletânea com trabalhos de todos os membros ativos do Coletive — conta Jorge Luís Pereira, o Jorginho, idealizador do grupo.
Não é uma exposição comum, daquelas que o artista acompanha e, por vezes, guia o visitante à sua arte. A ideia, segundo Jorginho, é estimular e provocar a interação. Como ele mesmo define: "a arte procurando o seu caminho".
: Textos e ilustrações fazem parte do trabalho do Coletive Arts
— Queremos que as pessoas interajam livremente com os textos e as ilustrações. E nestes primeiros dias, o retorno já tem sido muito legal. Tenho visto pessoas tirando selfies e admirando o trabalho — diz.
Nesta primeira etapa da exposição, cinco trabalhos foram escolhidos, mas já há convites para que o grupo de artistas formado em Gravataí ocupe outros espaços nas estações do Trensurb.
Criado em maio do ano passado, o grupo atualmente reúne 11 artistas, e tem na Biblioteca Municipal Monteiro Lobato o seu QG. É ali que, no dia 6 de maio, acontecerá a exposição para marcar um ano do Coletve.